sábado, 29 de outubro de 2016

Magoa


Autor Thiago D. Trindade


autor Thiago D. Trindade




Pelo dicionário Aurélio, mágoa significa desgosto, amargura, descontentamento, desagrado. Magoar, por sua vez, entende-se por ferir, melindrar, ofender.

A mágoa, ou desgosto está presente no cotidiano humano. Diariamente magoamos ou somos magoados. E geralmente por pequenas coisas. Costumamos ferir para que nosso ego brilhe.

Mas o dedicado aprendiz do Evangelho do Cristo entende que a mágoa dificulta o crescimento espiritual. Como assim? Como ficar magoado, ou desgostoso, pode atrasar nossa vida?

Simples. A pessoa magoada direciona uma certa quantidade de energia mental ao ofensor, prejudicando-o, e assim aumentado-se o débito kármico. Para fixar melhor de como nós devemos proceder quanto a não nos tornarmos pessoas continuamente magoadas, ou infelizes, ficamos com três frases de Jesus:

“Perdoar setenta vezes sete vezes”
“ Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem.”
“Ficarão aqui até que paguem o último centavo.”

Podemos resumir essas três imortais frases do Cristo em uma palavra só:
PERDOAR
A mágoa gera quase todos os casos obsessivos. Começa mais ou menos assim: uma pessoa ofende a outra, por determinado motivo e o ofendido sufoca-se em mágoa. E assim alternam as reencarnações, com a tristeza afogando a ambos. Somente o perda sincero pode dar um basta nesse ciclo de sofrimento.

E é bom lembra que a pessoa imersa em mágoa intoxica tanto seu corpo espiritual, que acaba por exteriorizar no corpo material.  Saibamos que todos os nosso males estão em nossa mente enferma. Algumas pessoas chegam a desencarnar por conta do ressentimento, e vão parar nas zonas umbralinas como suicidas, devido a destruição do próprio corpo.

A saudosa médium Yvonne Pereira, na excelente obra “Dramas da Obsessão”, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes, vemos um caso que se iniciou na tenebrosa era da Inquisição. Nessa trama, vemos uma família de judeus, povo perseguido duramente por séculos, ser massacrada da pior forma por alguns líderes religiosos que cobiçavam o patrimônio material e a jovem filha do chefe do clã.
Séculos depois, os Espíritos dos antigos judeus, deformados pela mágoa, obsediavam os inquisidores reencarnados, que já sofriam penosamente pelos seus atos do passado, sem a necessidade do ataque do Espírito Aboab, convertido em perigosíssimo obsessor. Com a orientação dos Espíritos Bezerra de Menezes e Ester (a jovem moça que não se entregara ao desespero e por conta disso, conseguiu evoluir espiritualmente), Aboab e seus filhos libertaram a si mesmos da mágoa opressora, permitindo qu os antigos inquisidores prosseguissem o resgate de seus pesados débitos. Ressaltamos que o perdão foi fundamental no processo e que a linha norteadora do trabalho foi o Evangelho do Cristo. Nesse livro, e é bom que se diga, foi editado pela Federação Espírita Brasileira, encontramos o nobre Espírito de Santo Antônio de Pádua, que coordena uma grande falange de Espíritos de Crianças, que se manifestam com as cores rosa e azul, com flores nas mãos e muita delicadeza. Tal falange tem por missa acalentar os corações doloridos. Qualquer comparação com os Espíritos que se manifestam como Crianças na religião Umbanda não é mera coincidência.

Temos de aceitar que não existem vítimas de um lado e algozes do outro. Existem irmão que precisam de carinho. Precisam de perdão. Nós temos a responsabilidade de dar o primeir passo, já que nos propomos a seguir o Cristo. Devemos quebrar as correntes que nos prendem as dores  sermos livres em nossa consciência. E, para quebrar as correntes da dor, lembremos Jesus:
“ Perdoar setenta vezes sete vezes.”
“Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem.”
“Ficarão aqui até que paguem o último centavo de nossas dívidas.”

Ou seja, AMAR.

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