sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Os ‘amigos’ de Chico Xavier


Autor Thiago D. Trindade

Temos visto, há algum tempo, inúmeras entrevistas, palestras, livros, artigos, etc. de pessoas que afirmam ter sido amigos íntimos de Chico Xavier. Fornecem, tais pessoas, datas da duração da amizade com o querido médium, descrevem a cor do boné que deram a ele e asseveram que tinham vasta e singular intimidade com o Apóstolo da Mediunidade.
É interessante observar que essas pessoas, que parecem disputar o título de “grande confidente de Chico Xavier” e gostam de alardear que são “detentores” de segredos do nobre e dedicadíssimo servo de Jesus. Essa gente, que tem alcançado algum destaque, ao invés de auxiliarem as obras sociais incentivadas por Chico, enquanto encarnado, e, incentivarem o estudo dos livros psicografados por ele, preferem se preocupar se o mineiro foi ou não Kardec, introduzindo nos espaços que frequentam, “provas incontestáveis” da reencarnação do Codificador na figura humilde e luminosa do Apóstolo do Espiritismo Brasileiro.
Ora, inúmeras vezes, Chico afirmou que não era Kardec reencarnado. E ponto.
Ressaltamos que essa preocupação, infantil, sobre as reencarnações de Chico Xavier não acrescenta em absolutamente nada ao Movimento Espírita, tampouco à MORALIZAÇÃO das pessoas. Alguém pode considerar “então, por que que tem gente que se preocupa com tal coisa?”. Simples. Três possíveis respostas:
1)      Falta do que fazer;
2)      Vontade de ter holofotes às custas do Chico;
3)      Enriquecer financeiramente às custas do Chico.
É só escolher. Podemos ainda acrescentar um quarto item que é a reunião das três anteriores.
Devemos ter senso crítico sobre as informações que buscamos. O próprio Chico quer isso de nós. Eu, perceba você que lê esse texto, me referi a ele no presente, pois o inesquecível médium é tão imortal quanto nós e certamente ele está observando o circo que fizeram com o nome dele e também seu legado. A prova disso é o vasto número de livros que falam sobre ele e que tem destinação duvidosa, não sendo os recursos obtidos com a venda, destinados a obras de caridade. Tem gente que afirma que o bondoso Chico é seu mentor, ditando mensagens das mais variadas. Tem ‘médium’, aliás que só canaliza gente graúda, o ‘Zé das couves’ nem passa perto da mediunidade desses ‘reis da mediunidade’, capazes de vender uma quantidade absurda de livros, que muitas vezes não fazem o menor sentido e tem destinação muito obscura.
                Sobre isso, na minha opinião crítica e conhecendo um pouco do caráter de Chico Xavier, este, em uma eventual comunicação, adotaria algum pseudônimo e mudaria sua aparência perispiritual, pois como ele tanto sabia “O CONTEÚDO é muito mais importante do que a forma”.
Devemos, por fim, ter paciência com esses “amigos” do amoroso Chico, mas não estimular suas falas e sua perda de tempo. Lembremos que Chico era amigo ÍNTIMO de todos, mesmo que não fosse recíproco por parte de uma grande quantidade de gente que o cercava com belos sorrisos e presentes. Chico Xavier não tinha sentimentos mesquinhos e isso o enlevou para mais próximo do Cristo.
Sejamos como o Apostolo da Mediunidade: discretos, leais, fraternos e dedicados ao Bem, sem esperar reconhecimento.



sábado, 24 de dezembro de 2016

Jesus não tem onde repousar a cabeça



 Autor Thiago D. Trindade

Nessa passagem, ligeiramente adaptada do livro de Mateus (8: 20), lembramos, mais uma vez, do imensurável Amor que Jesus tem por nós. Ele, que acompanhou o processo de criação de nosso planeta, vem trabalhando incansávelmente para que esse mundo de provas e expiações possa modificar-se num lugar de regeneração.

Mas Jesus não tem onde reclinar a cabeça.

Ainda no ventre de Maria, o Mestre sofreu as agruras da fuga do terrível Herodes, passando por privações. José, o valoroso carpinteiro, que enfrentava o temor e o desconhecido armado somente com sua Fé e seu cajado, certamente não fazia idéia total da importância de seu protegido ainda não nascido.

Nem mesmo a pequena e doce Maria, sobre o velho jumento, deveria fazer uma idéia de que o Excelso Governador acompanhava seu drama e o de seu esposo naquela fuga desesperada.

Jesus nasceu, pois, entre os simples animais de fazenda e os paupérrimos pastores em algum lugar perdido no tempo implacável.

No exílio, Jesus cresceu tendo como pais e tutores José e Maria, que o ensinaram, através de exemplos, a ser um homem de bem, mesmo fazendo idéia da grandeza que aquela criança sorridente possuía.

Foi ainda na infância que Jesus, como assinala Lucas (2:46-48), se voltou para os doutores da lei na sinagoga e, com a doçura típica das crianças, ensinou-lhes sobre muitas coisas.

Lembremos que judeus possuíam o livro sagrado, chamado Torá, e nessa obra, que data dos tempos de Moisés, há a passagem do bezerro de ouro (Êxodo, 32: 2-6). Esse bezerro fora feito pelos seguidores de Moisés, através das mãos de Arão, seu auxiliar, quando o líder se encontrava no Monte Sinai. Com o objeto de adoração, os homens esqueceram-se de Deus. A ira de Moisés, ao regressar, foi tamanha que sangue verteu sobre a terra (Êxodo, 32: 27 e 28). Jesus, conhecedor dessa tradição, guardou-a consigo.

Mais velho e acompanhado pelos Doze, Jesus invadiu a sinagoga e lá enfrentou os vendilhões que lá negociavam (Mateus, 21: 12 e 13).

O bezerro e os vendilhões são correlatos. Nós criamos bezerros de ouro e somos os vendilhões.

Em nosso coração criamos os tais bezerros dourados através de nosso orgulho, em honra ao “deus Ego”, e o polimos sempre que rejeitamos os Ensinos do Mestre.

Negociamos Deus todas as vezes que trocamos o Amor Universal pelas paixões mundanas expulsando o Cristo de nosso Templo Interior.

Mas Jesus não tem onde reclinar a cabeça.

Em seu trabalho incansável, Jesus caminhava solitário na matéria, durante sua trajetória na Terra.

Seus seguidores, propositalmente escolhidos dentre os mais humanos do canto mais pobre do Império Romano: pescadores, prostitutas, publicanos... E mais, estes não apresentavam condições de auxiliá-Lo. Os discípulos deviam antes fortalecer suas bases morais com os fracassos das provas enquanto Jesus ainda estava ao seu lado, para que pudessem vencer quando o Mestre viesse a faltar materialmente.

E como os discípulos falharam! Ao curar os doentes; ao caminhar sobre o mar; ao manter a serenidade ante as adversidades...

Docemente, porém com energia, Jesus aparou as arestas de seus prepostos em tempo hábil. Sabia que quando chegasse a hora seus pupilos estariam fortes o suficiente para mudar o mundo em nome do Pai.

Com o tempo, sabia o Cristo, outros seriam convocados ao Serviço, como Zaqueu, Estevão, Saulo e tantos outros.

Após o Gólgota, Jesus continuou a trabalhar por nós, estimulando e corrigindo. Estava – e está – sempre junto de seus irmãos mais jovens, mesmo aqueles que deliberadamente O rejeitam.

Suas sandálias continuam gastas.

Suas vestes continuam surradas.

Jesus ainda não tem onde repousar a venerável cabeça.

Seu trabalho é lento e consistente. Jesus fundamenta seu trabalho na Paciência e na forma mais perfeita de Amor: o Perdão.

Jesus é o Grande Médico e também o Sublime Professor.

Como Médico, nos oferece o medicamento do Esclarecimento. O bálsamo capaz de curar as feridas do nosso Espírito imortal.

Como Professor, nos dá condições para enfrentar as provas, ou desafios, que com o uso do medicamento nos faz crescer e caminhar na direção do Pai Maior.

Somente quando nós transmutarmos o bezerro de ouro que habita dentro de nós em um torrão de terra fértil cheio de flores e doces frutos – que por sua vez irão ajudar outros torrões a florescerem – é que Jesus poderá repousar sua excelsa cabeça.

Somente quando nós abrirmos nosso Templo Interior para o Cristo e expulsarmos nossos vendilhões, Jesus poderá repousar sua excelsa cabeça.

Somente quando nos reconhecermos verdadeiramente como enfermos e usarmos o Medicamento que o Grande Médico nos oferece, e, vencermos as Provas que temos de atravessar com o auxílio do Sublime Professor, é quando Jesus poderá descansar sua excelsa cabeça.

Façamos nossa parte e sigamos os passos do Mestre, deixados nas areias de nossos corações e atinjamos o oásis da Felicidade.

Imaginemos o dia em que o Mestre poderá repousar sua excelsa cabeça sob a fresca e frondosa copa de uma bela árvore e suspirar de satisfação pelo dever cumprido.

E nós, seus irmãos mais novos, velaremos por Ele da mesma forma que Ele tem feito por nós há incontáveis séculos.





sábado, 17 de dezembro de 2016

Lázaro


Autor Thiago D. Trindade


O caso de Lázaro é um grande exemplo de que a Fé transforma vidas. E como nós somos parecidos com esse homem, que fora amigo próximo de Jesus.

Na reflexão em tela, baseada nos escritos de João (11: 1-46), vemos as irmãs de Lázaro, Maria e Marta, irem até o Mestre, que pregava longe de Betânia, onde residiam com o irmão. Elas informaram a Jesus que seu amigo estava severamente doente e que desejava vê-lo. O Cristo, no entanto, estava em pregação e curava a muitas pessoas. Ele não podia pôr seu trabalho fraterno de lado, deixando de aplicar o bálsamo que era encarregado de trazer a aqueles sofredores, em prol de seu amigo.

Seria discriminador e egoísta.

Jesus sabia disso e certamente Lázaro e suas irmãs também. Quando pôde, o Grande Médico partiu para a vila de Betânia com os Doze, que temiam pela segurança deles e do Mestre. Tomé, inclusive, chegou a ter certeza de que iriam morrer ali (João, 11:16).

Nos arredores do pobre lugarejo, de onde o grupo havia tido uma passagem turbulenta, Marta informou ao Mestre que o amigo havia morrido e se encontrava sepultado há dias.

Sem titubear, Jesus clamou o auxílio dos amigos e partiu para o sepulcro de Lázaro. A essa altura muitas pessoas, avisadas do regresso do carpinteiro a região, tinham se juntado a Ele para ver qual prodígio se realizaria ali.

Diante da gruta onde o corpo inerte de Lázaro repousava, Jesus solicitou aos acompanhantes que removessem a rocha que selava o local, e, com a voz doce e firme, ao mesmo tempo, o Cristo de Deus chamou pelo amigo Lázaro, que surge diante de todos, enrolado em panos fúnebres.

Lázaro, vem para fora!

Essa passagem atravessou os séculos, imortalizando uma singela fagulha da grandeza de Deus que Jesus dividia com o mundo. Aliás, alguns afirmam duramente que Lázaro estava catatônico, desdobrado em espírito, em coma, epilético, em fim, de alguma fora estava vivo. Particularmente isso não importa, já que vivo ou morto, Lázaro ouviu tão somente o comando do Cristo e não o alarido das pessoas que lotavam o cemitério para ver mais um feito de nosso irmão mais velho.

A simbologia dessa passagem é muito maior do que podemos supor. Que os mortos podem ressuscitar? Esse conceito é muito limitado já que a morte, na verdade, não existe.

Mas o que existe é muito mais sublime e poderoso. Trata-se da transmutação da alma.

Lázaro era amigo do Cristo e certamente simpático à Boa Nova. Mas não a ponto de deixar seus afazeres corriqueiros e seguir Jesus como os outros. Somente após o Gólgota é que o homem de Betânia tomou o cajado e ganhou o mundo.

Lázaro, portanto, não era comprometido com a causa do Cristo. Ele era apenas envolvido com a Causa do Cristo.

Envolvimento é superficial.
Comprometimento é visceral, profundo.

Imaginemos Lázaro deitado sobre a pedra fria, enfaixado e silencioso, imerso em escuridão e bloqueado por uma pesada rocha. Do lado de fora, luz e vida.

A escuridão é a que trazemos dentro de nós.
As faixas são nossas limitações autoimpostas.
A rocha é a ignorância.

Jesus, certamente, poderia ter removido a grande pedra sozinho, levitando-a, explodindo-a, fazendo aquela substancia mineral simplesmente desaparecer. O Mestre poderia ter feito qualquer coisa com aquela pedra e seria uma das menores coisas que Ele teria feito em sua trajetória de trabalho anunciando a Boa Nova.

Mas o Divino Amigo preferiu incentivar os que lá estavam ao trabalho de resgate. Um trabalho em grupo. Como Jesus é o Sublime Professor, sabia que o trabalho que é movido por equipes serve para fixar o conhecimento, a troca de impressões, além que aproximar corações a um mesmo compasso.

O trabalho em grupo cria comprometimento.

Uma atividade em benefício de outra pessoa que criaria condições propícias para a prova de Lázaro.

Lázaro, vem para fora!

Com as condições criadas – a remoção da pedra – houve o despertamento, a inspiração para aquele que se julgava morto na carne. Agora, naquele momento, cabia a Lázaro sair da sua inércia em seu próprio benefício.

Lázaro levantou e buscou a luz, abandonando a treva.

Mais uma vez, o Sublime Professor, entrou em ação orientando o grupo de alunos que se voluntariaram para o Serviço da Luz.

Notemos que estes não eram os discípulos, pois se assim fosse, teriam sido citados por João, mas eram certamente os amigos de Lázaro que residiam em Betânia e talvez até mesmo alguns dos que haviam tentado apedrejar Jesus em sua última passagem por esta vila (João, 11:8).

Desatai suas faixas e deixa-o ir.

Novamente, Lázaro sentiu a caridade dos homens que o livraram das limitantes faixas, ensinando-o sobre a compaixão.

Lázaro voltou-se para o Mestre. Acima Dele, o sol da Vida.

Lázaro deixou a escuridão e caminhou, ainda que vacilante, para a luz.

Sua recompensa foi a Vida.

Lázaro deixou de ser apenas envolvido em relação à Boa Nova.

Lázaro passou a ser comprometido com a Boa Nova.

Lázaro é a prova da cura física, mental e espiritual.

Cura física: seus males orgânicos.

Cura mental: o entendimento da reforma íntima. O compreender suas limitações e comprometer-se em vencê-las.

Cura espiritual: levar o Bálsamo da Verdade aos demais, dividindo seu coração com o mundo. Foi curando aos outros, que Lázaro curou a si mesmo.

Munido de seu bordão, o amigo de Jesus atravessou os séculos ensinando aos aflitos a abandonar a escuridão e a abraçar a Luz Maior.

Jesus removeu nossa rocha enviando o Consolador Prometido. E enviou emissários para nos ajudar a remover nossas faixas limitantes dos movimentos, nossos Amigos Espirituais.

Docemente, o Mestre nos chama:

Vem para fora!”


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Entendimento

Autor Thiago Dias Trindade


Paulo, o Apóstolo dos Gentios, em sua carta aos Romanos (14:1), afirma:
“Acolhei ao que é débil da fé, não, porém, para discutir opiniões”.

Isso significa que a fé é a vivência dos Ensinamentos de Jesus. Paulo, em sua exortação, vai muito além do conhecimento do que Jesus disse, indo diretamente ao que  o Nazareno fez, que é trabalhar pelo próximo. Afinal, a fé que Jesus nos ensinou é baseada em pureza de sentimento e ação.

Infelizmente, tal passagem não é estudada e praticada como se deveria. O que temos hoje, em várias religiões, são pessoas mais preocupadas em decorar pontuações nos textos do que trabalhar, de fato, para Jesus. Opiniões exaltadas permeiam as rodas de conversas e críticas ácidas são lançadas à esmo.

O tal “débil na fé” deve ser conduzido com carinho, muito carinho, e com doce incentivo que se manifesta através do exemplo, o bom exemplo. Aliás, quem é o débil na fé?

É aquele que vive isolado no mundo, como um asceta?
É aquele que abraça as coisas mundanas e não busca as coisas do Espírito?
É aquele que se esforça em vencer suas más tendências?

Essas três alternativas, e todas as outras que o leitor amigo recordar. Ora, quem aqui é perfeito? Estamos em um mundo de expiações e provas e quem disser que sua fé não é débil, bem, está dando uma demonstração de soberba. Quem tem a fé forte não diz, demonsta com humildade.

Devemos seguir a orientação de Paulo e devemos nos reconhecer débeis na fé, buscando fortalecer-nos através da Reforma Íntima. Estudemos e trabalhemos mais! Devemos aprimorar nossa disciplina através do nosso pensar, sentir e agir.


Esse entendimento é fundamental, se, de fato, queremos ser cristãos.

sábado, 3 de dezembro de 2016

A enxada




Autor Thiago Dias Trindade

Quando estudamos a mensagem do espírito Ferdinando, intitulada “Missão do Homem inteligente na Terra”, no capítulo 7 do Evangelho Segundo o Espiritismo, percebemos que a sábia entidade faz alusão direta a Conhecimento e Responsabilidade.

Conhecimento, entendamos, ser as informações que podem ser bem ou mal utilizados e que Sabedoria não é nada além do bom uso do conhecimento. E usando bem ou mal o conhecimento arcaremos com suas conseqüências. Devemos entender, em verdade, que plantamos e colhemos constantemente neste mundo de provas e expiações.

Seguindo o raciocínio do espírito Ferdinando, na mensagem supracitada, a enxada é o instrumento fundamental para o trabalho do ajudante do jardineiro, que sob a orientação deste último, realiza uma série de tarefas. Tomemos, pois, a enxada por Evangelho, o ajudante somos nós, e o jardineiro, sendo o excelso Mestre Jesus.

O Evangelho, ou Enxada, é o instrumento que nos faz crescer, quando manejado, ou utilizado, com seriedade. Tal instrumento pode ser posto de lado, jogado mesmo, se assim quisermos. E quantas vezes jogamos a enxada para algum canto, permitindo que as ervas daninhas do ego (inveja, ganância, rancor, cobiça, luxúria, etc) cresçam fortes e que acabam por danificar o belo jardim de nossa existência?

O Jardineiro, Jesus, mais comumente chamado de Carpinteiro, que conhece cada um de nós, se encarrega de pegar a enxada caída ao largo de nosso caminho e a põe ao alcance de nossa mão e sussurra, confiante, em nossos ouvidos espirituais: “Perdoe!, Ame!, Trabalhe a si mesmo para crescer!”

Usar a enxada do Evangelho em benefíficio próprio é um trabalho duro e de muita responsabilidade. Cria músculos morais. A pele espiritual fica engrossada pela perseverança em atravessar e vencer as intempéries evolutivas que impomos a nós mesmos. O suor que vertemos é pura fé, a certeza da vitória.

Mas é claro que nos cansamos! No entanto, ao invés de jogarmos a enxada ao chão, podemos nos apoiar nela e respirar. Podemos nos apoiar no Evangelho do Cristo e respirar o méximo possível o perfume da resignação e então voltar a “carpir” novamente o solo existencial que possuímos.

Trabalhando firme, um dia, chegaremos a Jardineiro, conforme Jesus assegura, e iremos a ajudar os outros aspirantes a se tornarem protetores da obra Divina de Deus.