segunda-feira, 24 de abril de 2017

A salvação de todos



Autor Thiago D. Trindade


É crença comum de que todo aquele que disser que é cristão será salvo. Um grande equívoco já que o Mestre afirma que nem todo aquele que disser “Senhor! Senhor!” será salvo, conforme assinala Mateus (7: 21-23).

Falar da boca para fora é fácil, simples. Antes de exaltar a própria – e pretensa – salvação, ao contrário de como muitos tem feito por aí aos berros, aliás, um sinal retumbante de orgulho, é necessário agir.

Agir como?

Vestir-se como o Cristo, apontar dedos para aqueles a quem julga pecadores, ou pior, impor seu ponto de vista como único e verdadeiro?

Não.

O doce Carpinteiro nos ensinou, através de gestos e parábolas, que o verdadeiro Cristão é reconhecido pelas suas obras.

É aquele que pratica a Caridade em toda sua concepção: a material, onde o Cristão divide o que tem com aquele desprovido de bens materiais; e a moral, que se faz com a doçura da palavra amiga, o saber ouvir, a doação de um conselho progressista, uma prece...


Essas são as obras que o Cristo se referiu. Tomemos, pois, a lição da viúva (Marcos, 12: 41-44), que dividiu o que tinha com algum desconhecido e tratemos de sermos verdadeiramente salvos.



Tijolos



Autor Thiago D. Trindade

Muito se fala em praticar a Caridade, o Perdão e tudo o mais...Bem, todos nós que alegamos estar na Seara do Bem, argumentamos que fazemos tudo certinho dentro do centro espírita. Só dentro do centro espírita por quê?

Se Jesus tivesse ficado dentro da carpintaria de José, apenas na teoria, não teria mudado o mundo... Então larguemos os tijolos dos nossos centros e ganhemos o mundo, não impondo, mas somando.

Que nós possamos encontrar Jesus à beira das camas dos enfermos, nas calçadas das ruas, onde mendicantes esperam o pão da matéria e o pão da alma, no semblante das crianças vítimas de toda a sorte de brutalidades, nos jardins da alma do próximo!

Ah, não foi num jardim que o Mestre proferiu um de seus mais belos ensinamentos?

Pois bem, que nós pratiquemos os Ensinos Dele nos jardins também!

Aja!





sexta-feira, 14 de abril de 2017

Pés lavados


Autor Thiago D. Trindade


No episódio da lavação dos pés (João, 13: 1-11), percebemos mais uma vez o brilhantismo do Mestre Jesus. Em um gesto de Humildade, o Sublime Professor, se ajoelha diante de seus discípulos e começa a lavar-lhes os pés.

Ao nos doarmos verdadeiramente a outra pessoa em um gesto fraterno, atraímos para nós energias vitalizantes que nos impulsionam no Bem. A inspiração se faz presente através da força mental empregada na Caridade.

Jesus, Mestre dos Mestres, se fez pequeno na Terra para demonstrar sua incalculável grandeza espiritual.

Deixou, inclusive, um plano de metas para sermos, um dia, iguais a Ele.

Servir.

Todo serviço deve ser acompanhado por Humildade e Determinação.

Humildade por entender que somos minúsculos ante a magnificência da Criação.

Determinação para enfrentarmos as dificuldades que se encontram em nosso caminho na direção do Pai.

Servir é o propósito de todo habitante da Terra.

Servir é um ato de Amor.

Pedro, áspero e exagerado, de início se recusou a permitir que Jesus lhe lavasse os pés (João, 13:8). O que Pedro demonstrava era soberba mal disfarçada de humildade.

Como o líder poderia limpar-lhe os pés?!

Não.

Pedro é quem deveria lavar os pés de Jesus e assim brilhar aos olhos dos outros. Seria uma chance de se sobressair aos demais, podemos concluir...

O Cristo, porém, o advertiu e o pescador cedeu, muito certamente contrariado. De repente, tomado pelo entusiasmo, que corriqueiramente o assaltava, Pedro pediu ao Mestre que lhe lavasse a cabeça e as mãos.

Servir, sim. Mas com bom senso.

De que serviria lavar a cabeça e as mãos, se estes já estavam limpos? Não havia lição ali a ser dada.

A lição estava nos pés empoeirados sobre a carne dura do homem. A poeira representava as imperfeições morais que Pedro trazia.

Ao abaixar-se ante o pupilo, Jesus se fez pequeno. O cair delicado da água fresca deram ao pescador conforto físico e mental. Certamente, o Mestre doou ao discípulo energias revigorantes que serviriam ainda para retirar os cascões de negatividade que Pedro carregava.

Um gesto de pura afeição.

Um gesto de fraternidade.

Lavando a matéria, Jesus lavou a alma do embrutecido Pedro.

Após essa aula de Humildade, onde o Mestre lavou a cada um dos pupilos, e estes fizeram o mesmo uns nos outros, evidenciando mais uma vez a grande eficácia pedagógica da atividade em grupo.

Ainda assim, um deles permanecia com o coração sombrio.

Judas Iscariotes.

Seu coração não estava aberto para receber Amor. Em seu egoísmo, fechara-se e a isso não havia nada que o doce Jesus poderia fazer, pois o rebelde usava seu Livre Arbítrio para assim proceder.

O exemplo da lavação dos pés é uma convocação ao entendimento de que a Humildade, nestes dias velozes, nunca foi tão negligenciada. Na cultura do “deus Ego”, vemos desvalidos materiais e, sobretudo, os desvalidos morais, com os pés recobertos de lama e chagas pulsantes.

Quantos fariam tal como Madre Tereza de Calcutá, que passava seus dias e noites entre os miseráveis de todos os matizes, cuidando de suas mil feridas da carne e da alma? Quem, senão essa Verdadeira Cristã seria capaz de beijar um leproso retorcido e, embevecida, anunciar que aquela pessoa era o Cristo em resplandecente luz?

Almas verdadeiramente abnegadas se prostram ante os mendigos da alma e ungem seus pés com lágrimas de Amor.
Beijam suas faces macilentas de rancor.
Abraçam seus corpos deformados pelas dores morais.

Servem!

Tão apenas servem!

Jesus sabia que Judas iria traí-lo. Mas seu gesto de Amor para com ele não foi menor do que para com os outros. Inclusive, foi no momento em que o traidor saía para lançar o golpe que levaria o Mestre ao Calvário, que Jesus lançou o seguinte Mandamento, conforme lemos em João (14:34 e 35):
“Que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.”
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes Amor uns aos outros.”

Jesus nos ensinou como lavar a alma daqueles que sofrem.

Os discípulos fizeram isso.

Outros apóstolos, como Paulo de Tarso, Francisco de Assis e Eurípedes Barsanulfo, fizeram isso.

Madre Tereza de Calcutá fez isso.

Ainda hoje, eles lavam os pés dos sofredores em cada metro quadrado desse mundo.

E você, porque não lava a alma de alguém hoje?







segunda-feira, 10 de abril de 2017

O exemplo de Maria


Autor Thiago D. Trindade

Talvez, dentre as figuras bíblicas, a pessoa que mais tenha sofrido tenha sido Maria. Não que ela tenha sofrido espancamentos físicos, nem privações quaisquer de ordem material. Maria, porém, como toda mãe, amava imensamente seu filho, Jesus. Desde o nascimento daquele que viria a ser o Cristo de Deus, em meio à extrema pobreza da Terra, entre os simples animais e humildes pastores, Maria sabia que seu filho tinha uma missão especial.

Certamente ela não fazia idéia de como iria se concluir a Missão de seu gentil filho. Intraduzível fora o suplício dessa mãe ao ver a criança que gerara na fuga e que vira crescer no exílio ser traído, abandonado e levado ao mais terrível flagelo que se conhecia até então. Por estas razões, Maria tinha tudo para odiar: os antigos companheiros de Jesus, que o haviam abandonado; os homens do Império que sabiam da inocência Dele e o condenaram; os invejosos do Sinédrio. Até mesmo Deus poderia ter sido alvo do rancor daquela mulher, uma vez que ela poderia ter considerado, em seu desespero, que o Criador havia abandonado o Messias.

Mas não.

Maria fora – e é – a mãe de Jesus, mas também fora sua pupila e no momento excruciante da Verdade interior dessa humilde mãe, ela acabou por vencer as amarras de escuridão que tinha dentro de si.

Maria não permitiu que a escuridão a tomasse e transformou-se em luz. Sigamos, pois, seu exemplo e enfrentemos as dificuldades com Fé e certos que nada é em vão. 


Falando sobre o Tempo


Autor Thiago D. Trindade



Iremos refletir um pouco sobre o tempo. Não iremos, por enquanto, nos referir sobre as condições climáticas, mas si sobre o que fizemos, fazemos e faremos. Nesse momento, iremos avaliar nossas existências.

É muito comum ouvirmos e dizermos: “Os tempos estão chegados!”

Mas que tempo é esse?! E onde estamos chegando?

O tempo é referência da mudança, da transformação. E estamos chegando ao limiar de uma nova Era. A Era da regeneração onde o tempo do Homem Integral, ou seja, do Homem Novo irá se reunir na face da Terra, amealhando condições para contemplar melhor a face do Cristo redivivo.

Ocorre que somos nós quem marcamos o tempo. Nós definimos, de fato, a chegada do mundo de Regeneração. Não basta que nós falemos do Cristo. Temos que vivenciar os Ensinamentos do Cristo. Por alguma razão, infelizmente, abraçamos o comodismo, que é um dos nomes do egoísmo.

Em Tiago, o apóstolo, lemos: “Eia agora, vós que dizeis...amanhã...”(4:13).

O que discípulo de Jesus queria dizer é justamente isso: “Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.”

E o que devemos fazer hoje?

Perdoar, auxiliar, ouvir, não julgar, ter tolerância, ter paciência, alimentar o corpo e o Espírito de alguém.

DEVEMOS AMAR.

Os tempos estão chegados e o que fazemos? Responda apenas a si mesmo.
Muitos irmãos desencarnados nos trazem mensagens de amor, sabedoria, de alento, mas também nos falam: “Como eu perdi TEMPO! Fui egoísta, orgulhoso, descuidado, joguei a vida fora!”

Na verdade, sabemos que não jogou a vida fora, mas atrasou a si mesmo na estrada do progresso, ao comprometer sua reencarnação.

Porém, esses irmãos uma vez despertos, arregaçam as mangas e procuram estudar e trabalhar para sua própria edificação, e, por conseqüência atuam para desenvolvimento da Humanidade. Um lindo exemplo é que nos traz o amigo Espiritual André Luiz, em sua saga de crescimento moral na série “A Vida no mundo Espiritual”, mais popularmente chamada de Coleção André Luiz.

Bem, algum desavisado poderia considerar: “Ora, se nós sempre temos segundas chances, quando eu desencarnar, irei trabalhar.”

Isso é o tal “empurrar com a barriga”. Mas é interessante lembrar que somos estudantes da Verdade de Jesus, que nos confere duas coisas:

RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE

Responsabilidade em assumir a posição de buscar a evolução através da prática do perdão e da caridade, em suma, a prática do Amor para crescimento espiritual.

A autoridade está no servidor do Cristo, em qualquer nível que esteja, é evidenciada pelo distintivo da Fé, que o leva a caminhos escuros e pedregosos, dissipando a escuridão da ignorância e usando a Razão e a Paciência em instruir a quem ainda está mais atas na estrada do Progresso. A autoridade do Servidor do Cristo é a base da postura coerente com os Ensinamentos: Amar a Deus e ao Próximo.

E o Tempo, tema central desta reflexão, permeia a Responsabilidade e a Autoridade. Usemos o Tempo como nosso aliado, entendendo que nada é por acaso e as dificuldades que encontramos ao longo da vida nos são necessárias para crescermos.

Ignorar o Tempo é sofrer, pois quando quisermos ser amigos dele, poderá ser tarde demais e provavelmente irá dizer: “PERDI TEMPO!”

Aproveitemos os momentos de alegria, claro, mas saibamos encarar com resignação os momentos de dor, certos de que são passageiros. Afinal, como disse um sábio indiano há cerca de 2500 anos atrás: “Tudo será transitório neste mundo até que reine a definitiva luz”.

Reflitamos mais sobre como aproveitar nosso Tempo orando mais, vigiando mais, estudando mais e servindo mais. Devemos, com Cristo, apertar o passo na busca pelo Homem Novo, que é despojado da preguiça egoísta que nos prende a viciações mentais.

Nós somos os trabalhadores da Última Hora. O campo de trabalho está aí. Devemos arar agora nossos corações com Amor para florescer luz em nosso Espírito.

Amar é o único Caminho.




quarta-feira, 5 de abril de 2017

Lema de Vida



Autor Thiago D. Trindade





É comum ouvirmos de pessoas que tem por lema de vida a canção do famoso intérprete de samba, intitulada “Deixa a Vida me levar”, acreditando estarem praticando uma verdade absoluta, e, assumindo um eventual destino, inalterável.

É um grande equívoco motivado pela preguiça e falta de reflexão, haja vista, que o próprio artista que canta essa música em todos os seus shows muito trabalha, seja viajando ou administrando seus múltiplos negócios. A ilusão do “deixa a vida me levar” só garante um destino certo: o da perda de tempo e a sensação indelével do fracasso voluntário.

Como é grande a quantidade de irmãos desencarnados que dizem: “Como eu perdi tempo!” atrasando assim a própria evolução. O que devemos fazer? Deixar de ouvir a tal música?

Não!

Devemos é arregaçar as mangas e encarar a Vida de frente, pois ela está aí para nos fazer crescer. Devemos, sim, é levar a Vida melhor maneira possível, evitando deixar as coisas de lado. Sem atrasos, pois o tempo urge!


A Transição Planetária está aí e é necessário auxiliar o Cristo melhorando a nós mesmos.