quarta-feira, 22 de junho de 2016

A infância segundo Paulo de Tarso




Autor Thiago Dias Trindade

O Apóstolo dos Gentios certa vez disse: “Quando eu era menino, sentia como menino, falava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” A fala do grande Paulo é muito clara quando se refere aos assuntos da alma. Afinal, conforme a Espiritualidade Superior tem nos alertado há algum tempo, a Humanidade ingressou em sua Maioridade.

Alguém poderia considerar: “realmente, caminhamos na lua, dominamos várias doenças e a radiação, prolongamos enormemente os dias de vida orgânica, dentre outros feitos incríveis!” quem considerou isso, está correto, mas incompleto. A verdadeira maioridade é a moral. Paulo de Tarso, humilde que era, usou a própria infância material para demonstrar que sua ignorância, ou seja, falta de conhecimento, só pode acarretar mais ignorância. Mas, à partir do momento em que temos orientações que norteiam nossa vida, nós somos moralmente impelidos a segui-las. Dois exemplos de orientações: “Amar a Deus. Amar ao próximo.” São instruções básicas que não viriam se nós não estivéssemos preparados para elas.

Afinal, ninguém vai para a faculdade sem conhecer as letras. O bê-á-bá começou com a Primeira Revelação, trazida via Moisés. Os 10 Mandamentos é o grande marco a respeito da moralidade humana, embora Khrisna, na Índia, já tivesse difundido seus ensinamentos sobre apego e sofrimento. No entanto, coube ao líder semita o encargo maior, uma vez que sua influência direta foi maior sobre os povos além do Oriente Médio. É interessante perceber que nos anos que se seguem, outros Emissários do Alto são enviados a todos os cantos do mundo para divulgarem importantes instruções morais, como Sócrates, Platão, na Grécia; Confúcio e Lao Tse, na China; Siddhartha Gautama (O Buda), na Índia, dentre outros.

A Segunda Revelação, a Lei do Amor, que ao mesmo tempo que simplificava a chamada lei Mosaica, aprofundava várias informações que até então eram ignoradas, como o céu e o inferno dentro de nós, conforme nossas ações. Interessante observar, que por ocasião da Segunda Revelação, a Humanidade ingressava em sua “adolescência”, quando grandes transformações inquietam as almas. Foi necessário, para isso, que o próprio Governador Espiritual do planeta viesse em pessoa para garantir que nosso amadurecimento fosse bem direcionado. E como jovens teimosos e cheios de arrogância, negligenciamos o amoroso Mestre, para perceber mais tarde, o erro que cometemos. Bem, aqui um parênteses: ainda tem muito espírito que rejeita enormemente os ensinamentos do Cristo, apesar de usar o nome dele muitas vezes.

E na esteira luminosa de Jesus, outros Emissários vieram para nos auxiliar em nossa evolução, servindo em todos os cantos do mundo, de forma anônima ou não. E muitos destes, ainda hoje, nos servem como exemplos claros de que ao seguirmos o Mestre, iremos vencer as nossas infantilidades que nos coíbem de crescer moralmente.

Mais tarde, Kardec é responsabilizado em organizar na Terra a Terceira Revelação, a Doutrina dos Espíritos, que nada mais é do que o Consolador Prometido. Dessa forma, atingimos nossa maturidade espiritual, onde a Lei de Ação e Reação se faz presente e inevitável, sem desculpismos. E essa terceira fase da Humanidade, não fala nada diferente do que o Cristo ensinou, aprofundando ainda mais as informações que o Mestre havia proferido em pessoa séculos antes, e de quebra, a Nova Revelação ainda trazia novos conhecimentos pelo simples fatos de que já estávamos aptos a aprendê-las.

Assim como ocorreu com os Grande Reveladores, dedicados Emissários vieram para reforçar a Lei do Amor, mas também os conteúdos acerca do Mundo dos Espíritos, das Relações com o Invisível, e da Lei de Causa e Efeito. E esses nobres vultos morais são exemplificados nas figuras de Adolfo Bezerra de Menezes, Batuíra, Cairbar Schutel, Anália Franco, Ana Néri, Leon Denis, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano, Eurípedes Barsanulfo, Joaquim Travassos, Zélio Fernandino de Morais, Francisco Cândido Xavier, Yvone do Amaral Pereira, Benjamin Figueiredo, Irmã Dulce, Frei Damião, Frei Galvão, Madre Teresa de Calcutá, Mohandas ‘Mahatma’ Gandhi, Martin Luther King, Nelson ‘Madiba’ Mandela, Sai Baba, Monja Coen, etc.

Observem como esse planeta-escola é uma dádiva e nosso Mestre Jesus é o Sublime Professor! E contamos ainda com o auxílio de amorosos monitores que nos ‘explicam’ a respeito de nossa moralização.


Entendamos que não temos nenhum dever além de nossas forças. Temos que fazer como Paulo de Tarso e abandonar as coisas de menino, para nos tornarmos, de fato, plenos. A maturidade, citada pelo Apóstolo não é aquilo que muitos pensam sobre o que é ser maduro, como por exemplo jogar vídeo game, soltar pipa, jogar bola, etc... A maturidade citada por Paulo é encarar as dificuldades de frente, sem escapismos, com estudo e trabalho, ou seja, com Reforma Íntima.

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