Entrevista - Oceano Vieira de Melo

 Com muito prazer apresentamos entrevista com o sr. Oceano Vieria de Melo, que gentilmente respondeu a todas as perguntas a ele endereçadas. O objetivo dessa "prosa" e aprimorar nossas discussões  a respeito do Movimento Espírita, de forma simples, direta e respeitosa. Desde já agradecemos ao sr. Oceano Vieira de Melo pelo seu trabalho prestado à Doutrina dos Espíritos.

Oceano Vieira de Melo, é jornalista, pesquisador e documentarista espírita. Produz filmes e documentários espíritas para TV por assinatura e DVD. Criou a www.radioemmanuel.com.br para divulgar em áudio visual, arquivos históricos do Espiritismo.

 

1 – Quando, e como, senhor conheceu a Doutrina Espírita?

Quando em 1971, assistia o Programa Pinga Fogo, com Chico Xavier.

2 – Para o senhor, Espiritismo é religião? Poderia explanar sobre o assunto?

Sim, é ciência, filosofia e moral religiosa, pois suas revelações trazidas pelos Espíritos confirmando o Evangelho de Jesus e o Divino Mestre, como modelo e guia da Humanidade, transforma o homem para melhor.

3 – Muitos Centros Espíritas estão questionando o trabalho assistencial em suas dependências. Há Centros que as aboliram, inclusive. O que o senhor acha dessa discussão, uma vez que a Codificação faz alusão direta à Caridade Moral e a Caridade Material?

Talvez o motivo seja muito forte, mas é lamentável que alguns Centros Espíritas deixam de lado a assistência material aos nossos irmãos que mais necessitam. “O Fora da Caridade Não Há Salvação” envolve também o lado material, além do espiritual.

4 – Hoje em dia, há uma grande profusão de obras que se apresentam como atualizações ou complementação da Codificação Espírita. O senhor, caso conheça alguma destas, tem alguma opinião à respeito?

Não as leio, pois me dedico exclusivamente as Obras básicas de Codificação, Léon de Denis, os historiadores e pesquisadores a Obra de Chico Xavier e D. Yvonne do Amaral Pereira. Agora, acho que todas essas publicações é uma caridade dos Espíritos para fazerem chegar o Evangelho e Jesus a vários segmentos humanos. Com o tempo, aquele que em vez de apenas ler, estudar, vai descobrir as melhores obras. É desses espíritas que a doutrina precisa. Aqueles que apenas leem e nada muda em sua vida, sai perdendo uma grande oportunidade de se aprimorar como espírito.

5 – Muitas casas de Umbanda, Ramatís e do Vale do Amanhecer, religiões de forte cunho mediúnico e viés moral, vem estudando cada vez mais a Doutrina dos Espíritos, de forma, conforme temos averiguado, muito bem estruturada. Por esta afirmação, vemos consonância com o pensamento de Kardec e Leon Denis, que direcionam o Espiritismo, em decorrência de seus pilares, como o futuro das religiões. Qual sua opinião à respeito?

Acho que grande parte dos espíritas de hoje passaram por essa fase. Na medida em que ele se dedica mais ao espiritual, vai descobrindo obras que fazer a diferença. Aprendi no Espiritismo que todas essas denominações religiosas são respeitáveis. Cabe a cada um, seguir conforme se dê melhor em cada uma delas.

6 – O Espiritismo, nos últimos anos, cresceu em número de adeptos, conforme assinala o último senso do IBGE. No entanto, os espíritas ainda configuram como os de maior escolaridade. Em sua opinião, por que as Casas Espíritas não atingem a população de menor escolaridade?

Em minha opinião, atinge sim, mas depende do local em que essas pessoas estão situadas. Agora, para você ser espírita, precisa ler, estudar, se dedicar e até mesmo se engajar na Doutrina. A maioria das pessoas lutam na vida com muita dificuldade e essa luta é prioritária.

 7 – Graças ao Apóstolo da Mediunidade, Francisco Cândido Xavier, o Espiritismo foi amplamente difundido no Brasil, ainda no século XX. Tendo acompanhado de perto as últimas décadas do Movimento Espírita, qual sua projeção para o Espiritismo no Brasil e no Exterior para os próximos anos?

Crescimento constante. Depois que o Divaldo Franco se lançou ao mundo fazendo suas palestras e a Obra de Chico Xavier foi sendo traduzida para outros idiomas, o Espiritismo aos poucos, vai dando sua mensagem consoladora em vários países de todos os continentes.