“Nunca estamos sós no Caminho. Conosco vai quem convidamos. Que seja sempre Jesus” Espírito Joaquim
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Entrevista - José Reis Chaves
Trazemos nossa segunda entrevista, agora com o senhor José Reis Chaves, que com muito carinho respondeu as nossas perguntas, que objetivam uma melhor reflexão a respeito da Doutrina dos Espíritos e como nós podemos contribuir - de fato - com ela.
José Reis Chaves, palestrante
espírita nacional e internacional, estudou para padre Redentorista, colunista
do diário O TEMPO, de Belo Horizonte, autor dos livros, entre outros: “A
Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM
(lançados também em inglês nos Estados Unidos), e apresentador do programa
“Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior.
Registramos nosso sincero agradecimento e convido à leitura da interessante "prosa", que muito nos faz refletir.
1 - Quando, e como, senhor conheceu a Doutrina Espírita?
Primeiramente,
descobri a reencarnação na Bíblia, isso foi por volta de 1970. Depois, também
na Bíblia, encontrei os fenômenos mediúnicos.
,
2 – Para o senhor, Espiritismo é religião? Poderia explanar
sobre o assunto?
No sentido de moral,
sim, é uma religião. Daí “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec, do
qual eu também me tornei um modesto tradutor (Ed. Chico Xavier), com uma
linguagem jornalística ao estilo de minha coluna no diário O TEMPO, de Belo
Horizonte, desde o ano 2.000.
3 – Muitos Centros Espíritas estão questionando o trabalho
assistencial em suas dependências. Há Centros que as aboliram, inclusive. O que o senhor acha dessa discussão, uma vez
que a Codificação faz alusão direta à Caridade Moral e a Caridade Material?
Eu respeito a opinião
dos que estão agindo assim, mas considero isso uma falha, pois a caridade é
fundamental nos ensinamentos do excelso Mestre e de seus apóstolos.
4 – Hoje em dia, há uma grande profusão de obras que se
apresentam como atualizações ou complementação da Codificação Espírita. O
senhor, caso conheça alguma destas, tem alguma opinião à respeito?
Creio que toda obra
baseada nos princípios da Codificação Espírita ajuda a na sua divulgação.
Kardec fala que se houver no futuro uma contradição entre um ensino da
Codificação e a Ciência, que se siga a Ciência.
5 – Muitas casas de Umbanda, Ramatís e do Vale do Amanhecer,
religiões de forte cunho mediúnico e viés moral, vem estudando cada vez mais a
Doutrina dos Espíritos, de forma, conforme temos averiguado, muito bem
estruturada. Por esta afirmação, vemos consonância com o pensamento de Kardec e
Leon Denis, que direcionam o Espiritismo , em decorrência de seus pilares, como
o futuro das religiões. Qual sua opinião à respeito?
Acho isso muito bom,
inclusive, quem quer seguir mesmo o ensinamento bíblico, vê na Doutrina
Espírita um grande aliado, pois o Espiritismo é mais bíblico do que qualquer
oura corrente que se diz seguidora da Bíblia, quando na verdade são seguidoras
de dogmas. Os espíritas são os verdadeiros evangélicos.
6 – O Espiritismo, nos últimos anos, cresceu em número de
adeptos, conforme assinala o último senso do IBGE. No entanto, os espíritas
ainda configuram como os de maior escolaridade. Em sua opinião, por que as
Casas Espíritas não atingem a população de menor escolaridade?
Porque os de menor instrução são facilmente enganados por
pastores evangélicos. Os mais cultos não caem tão facilmente na doutrinação
deles. Os padres são mais cultos do que os pastores, por isso não atacam mais o
Espiritismo. Os evangélicos estão uns 80 a 100 anos atrás dos ensinamentos da
Igreja Católica de Hoje. Daí que grande parte dos católicos frequentam casas
espíritas, e cerca de 80 % deles creem na reencarnação.
7 – Graças ao Apóstolo da Mediunidade, Francisco Cândido
Xavier, o Espiritismo foi amplamente difundido no Brasil, ainda no século XX.
Tendo acompanhado de perto as últimas décadas do Movimento Espírita, qual sua
projeção para o Espiritismo no Brasil e no Exterior para os próximos anos?
Vejo com muito
otimismo o crescimento do Espiritismo no
futuro, pois ele é uma doutrina racional e com fundamento bíblico. Com razão se
diz que ele é o cristianismo redivivo. São muito evidentes a reencarnação e a
mediunidade na Bíblia.
Barrabás
autor Thiago Dias Trindade
Barrabás, essa figura que
atravessou os séculos como cruel criminoso, personagem de muitos livros e
filmes, atingiu o nosso imaginário que foi preferido pelo povo, quando este foi
posto ao lado de Jesus por Pilatos. O criminoso acabou livre dos grilhões de
ferro que lhe prendiam a carne e o Nazareno acabou livre dos grilhões da carne,
assumindo mais uma etapa no seu plano para evolução da Humanidade.
Em verdade, no Novo Testamento da
Bíblia, a participação de Barrabás se encerra e ele desaparece. No entanto,
fica para nós o seu exemplo. O que o tal ladrão representa para nós? O crime?
Não.
Pensemos da seguinte forma:
Barrabás, o Terreno, aquele do mundo, fanfarrão, apegado à matéria. Jesus, o
Sublime, o sentimento de pureza celestial que nos aproxima da Divindade.
Geralmente, escolhemos Barrabás. Afinal, nós o vemos, uma vez que ele é terreno
como nós. Barrabás está ao alcance de nossas mãos egoístas. Já Jesus, não
podemos vê-lo e somente com pureza de coração podemos tentar encontrá-lo por
que dá trabalho.
Acabamos por imitar Pilatos, que
mesmo sabendo da inocência do Cristo, conforme vemos em João (18: 38 e 19:4), e
ainda assim o condenou à tortura e morte.
Muitos religiosos debatem a
respeito da necessidade, para nós, de Jesus ter sido crucificado. Essa reflexão
não se destina a isso. Nosso objetivo maior é levar a reflexão de como podemos
escolher melhor. Ora, o que Barrabás e Jesus oferecem? Transitoriedade e
eternidade, respectivamente.
Ocorre que preferimos a
enganadora transitoriedade por conveniência. Afinal, para libertarmos Jesus,
devemos nos comprometer com ele, ou seja, abandonar o uso das mãos egoístas e
desenvolver olhos capazes de ver além das aparências passageiras. Libertar o
Cristo significa desenvolver a pureza do coração.
Após a Crucificação do Mestre
Galileu, Judas-Tomé, precisou que Jesus se materializasse diante de si para
acreditar, de fato. E, para ajudar o amado pupilo, o Cristo assim o fez,
materializando-se. No entanto, o Nazareno, com seu misto de ternura e firmeza, asseverou:
“bem aventurados os que não viram e
creram” (João 20:25).
Mas não é fácil libertar Jesus
dos grilhões de nossa ignorância. Ele sabe muito bem disso e mantém suas mãos
esticadas para nós, como vemos em inúmeras imagens mundo à fora. Jesus não desdenhou
de Barrabás, o Ladrão, pelo contrário, conhecia bem a força e até do valor do
antigo judeu. Através do generoso silêncio e das ações estimulantes, Jesus nos
orienta a transformarmos Barrabás, o Mundano, em Barrabás, o Cristo. Cristo,
aliás, significa ungido e todos nós estamos fadados a ser como Jesus, pois
somos todos irmãos, filhos de Deus, e esta é a vontade do Criador, conforme o
Rabi tantas vezes assinala em seu Evangelho.
E quanto ao homem chamado
Barrabás? Aquele imperfeito homem de carne e osso, intemperado e igual a nós?
Que foi feito dele, após sua libertação das correntes de ferro? Existem várias
histórias e as respeitamos, mas, verdade seja dita, o antigo criminoso acabou,
como todos os outros daqueles acontecimentos, acalentado por Jesus, no momento
que ele mesmo escolheu.
Certamente hoje, Barrabás é um
dos valorosos Servidores do Cristo, inspirando a nós a estudarmos o seu exemplo
e, dessa forma, a nos ajudar a usar melhor nossa capacidade de escolha.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Você sabia que
por Allan
Kardec, na “Revista Espírita” (1868), deixa bem claro o status da Doutrina dos
Espíritos:
Porque, então declaramos, que o Espiritismo não é uma religião?
Porque não
há uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a
palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma ideia
de forma, que o Espiritismo não tem.
Se o
Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se quiser,
dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo
de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de
misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião
pública.
Não tendo o
Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do
vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor
inevitavelmente se teria equivocado.
Eis
porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral. (KARDEC, 1868). (grifo
nosso).
Rápido e rasteiro
“É impossível progredir sem mudança, e aqueles não mudam suas mentes não
podem mudar nada.”
George Bernard Shaw
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