Autor Thiago D. Trindade
Iremos, neste texto,refletir
sobre o instigante tema “Escala Espírita”, que se inicia pela questão 100 do Livro dos Espírito, indo até a questão
113.
Trata-se, em verdade, de um
extenso tema, cabendo ressaltar que nossa breve prosa é apenas para semear a
curiosidade e posteriormente aprofundar os estudos, bem como esclarecer algumas
dúvidas, e, ainda apresentar a temática a aqueles, que como eu, são aprendizes
da Doutrina dos Espíritos.
Devemos, primeiro, compreender a
classificação dos Espíritos baseada no grau de adiantamento deles, assentado
nas qualidades desenvolvidas e nas imperfeições que ainda tem de vencer.
Kardec, orientado pelos Espíritos superiores declara que essa classificação não
é absoluta, dependendo basicamente de quem se debruça sobre o tema. O que é
certo, segundo o mestre lionês, é que a Escala Espírita nos ajuda a compreender
um pouco sobre nós mesmos enquanto seres em evolução. Afinal, a Ciência dos
Homens tudo classifica e seria mais fácil para nós entender melhor usar tais
considerações. Para nós, naverdade, fica mais fácil entender por que Jesus é o
Cristo, o Ungido. Entendendo um pouco que seja a Escala Espírita é perceber que
nós existimos em níveis vibracionais, ou melhor em níveis morais. E hoje,
certamente, estamos melhor do que ontem, justamente por querermos evoluir. Ou
seja, nós queremos ascender alguns degraus o quanto antes.
Mas voltemos a tratar da Escala
Espírita. Com a criação de um quadro, que foi se aperfeiçoando ao longo dos
anos diante do olhar atento do velho professor francês, chegamos ao seguinte:
Espíritos da Terceira Ordem:
Espíritos Imperfeitos. Predomina nestes valores materiais sobre os valores
espirituais. O ego, sinônimo de inveja, maledicência, cobiça, luxúria, etc.
queima ardentemente. Eles tem a intuição de Deus, sabem que existe uma força
superior que tudo rege, mas não O compreendem.
Temos a enfática informação de que tais
Espíritos, embora não façam o mal, também não fazem o bem, marcando assim sua
inferioridade. Podem ter alto grau de intelectualidade, mas usam mal seu livre
arbítrio.
Dessa forma, percebemos a
classificação de um Espírito através de sua transmissão de idéias, pelo seu
conteúdo. Espíritos atrasados se traem, através de suas idéias pouco elevadas.
Infelizmente, muitos de nós tem sido enganados por belas palavras, muito bem
articuladas, porém completamente vazias, enquanto Espíritos elevados tem sido
ignorados ou denegridos por sua manifestação considerada simplória, mas cheia
da vibração do Cristo.
De acordo com a Escala Espírita,
observamos cinco classes desta Ordem:
Décima classe – Espíritos
impuros. Aqueles inclinados ao mal. Se preocupam em disseminar discórdia, se
vinculando aos encarnados e desencarnados para terem seus desejos atendidos. E
assim suas vítimas caem, fracassando em suas provas evolutivas. Os Espíritos da
décima classe são grosseiros, não conseguem sustentar suas argumentações por
muito tempo. Quando os Espíritos estão encarnados, são marcados pelas
viciações.
Os Espíritos inseridos na Nona
classe são os chamados levianos, irrefletidos, zombeteiros,etc. não se
incomodam com a verdade, provocando desgostos, alegrias fugazes. São
mistificadores habilidosos. Em alguns casos, Espíritos superiores os empregam,
e, dessa forma, aos poucos, os Espíritos levianos vão se moralizando. Até que
se moralizem, tais entidades gostam de se aproveitar de nossas esquisitices,
das feridas de nosso ego, em sua, de nossa invigilância e impaciência.
Na Oitava classe, vemos os
pseudo-sábios, que são Espíritos que possuem conhecimentos amplos, se
comparados aos outros da Décima e Nona classe. Aparentam início da seriedade e
solidez moral. Mas não passam de iludidos, ainda imersos no orgulho que teimam
em abandonar.
Na Sétima classe, encontramos os
Espíritos Neutros, que não moralizados o bastante para fazer o bem, também não
espalham o mal. Não ultrapassam, aliás, a condição comum da Humanidade, seja em
moral, seja em inteligência. São os apegados ao mundo.
Avançando pela Sexta classe,
vemos aquelas entidades que são chamados de Espíritos batedores e
perturbadores. Tais Espíritos podem se encaixar em todas as Classes da terceira
Ordem. Geralmente se manifestam por pancadas, deslocamento de objetos, agitação
do ar (que os antigos chamava de vento súbito). Geralmente são tutelado por
Entidades superiores, quando julgam necessário a ocorrência de fenômenos
visíveis para nós.
A Segunda Ordem está configurada
pelos Bons Espíritos. Nesta Ordem, as Entidades acendem moralmente sobre a
matéria, estando, portanto, mais adiantados na escalada evolutiva. Porém não
estão ainda completamente desmaterializados, mantendo traços da existência
corporal e forma de linguagem. Compreendendo Deus, sentem em seu íntimo a
harmoniosa felicidade da paz dos Bons Servos de Deus. Essas Entidades inspiram
os bons pensamentos, protegem a vida e bão apreciam nenhum sofrimento. Quando
encarnados são bondosos com seus semelhantes, não sendo movidos pelo ego.
Entendemos que a Segunda Ordem é
dividida em quatro classes:
Quinta classe – Espíritos
benévolos. A bondade neles é dominante. São Espíritos mais moralizados do que
intelectualizados. Na Quarta classe estão aqueles que são chamados Espíritos
Sábios, possuindo vasto conhecimento eembora possuam vasto cabedal intelectual,
ou científico, se preocupam em servir à criação, sem nunca deixarem dominar
pelas paixões imperfeitas.
Prosseguimo pelo Espíritos
ajustados na Terceira classe. São aqueles que possuem moral muito elevada, bem
como capacidade intelectual. São os Espíritos de Sabedoria.
Os Espíritos Superiores são os
componentes da Segunda classe. Entidades sublimes que conjugam intelectualidade
e moralidade e são interessados em nosso progresso, já tendo vencido suas más
tendências e reencarnando aqui somente para iluminar o mundo através de seu
exemplo de amor.
A Primeira Ordem, composta por
Espíritos Puros, é formada por Entidades que não sofrem nenhuma influência da
matéria. São absolutos em moral e intelectualidade, se comparados a outros
Espíritos das outras Ordens.
Nessa Ordem, há apenas uma classe,
a Primeira. Não sofrem provas ou expiações e são os mensageiros e ministros de
Deus. São os chamados anjos, arcanjos ou serafins e é possível comunicar-se com
eles, porém tais Espíritos não apreciam sentimentos mesquinhos, preferindo
sempre interlocuções elevadas. Não são ociosos, pelo contrário, coordenam
legiões, ou falange, das demais Ordens objetivando o progresso.
Ressaltamos, como estudiosos da
Doutrina de Jesus, a importância da intelectualização, mas percebemos nessa
curta reflexão, que a moral é a base de nosso crescimento. Somos todos filhos
do mesmo Criador e colhemos constantemente o que plantamos em nosso cotidiano.
Fomos criados simples e ignorantes, mas como Jesus de Nazaré disse: “Seremos
Deuses”.
Finalizamos que para galgarmos as
classes dos Espírito, devemos seguir as recomendações de Emmanuel:
“instruir-se sempre!”
“Perdoar sempre”
“Amar sempre”
Uma dúvida surgiu. Podemos, segundo esses ensinamentos incluir Jesus nessa divisão na ordem dos Espíritos Puros- Classe Única, ou em uma classe mais elevada como dos
ResponderExcluirespíritos Crísticos?