autor Thiago D. Trindade
Muitos reclamam
de seus problemas, de suas provações. Se apegam as coisas mais ínfimas,
esquecendo que tudo é transitório. Pensemos em Jesus. Ele era pobre,
financeiramente falando. Suas sandálias eram, certamente, gastas e muito
provavelmente andava descalço parte do tempo.
Seus pés, com
toda certeza, eram castigados pelas pedras dos caminhos poeirentos pelos quais
passava, e ainda sofriam com a temperatura escaldante dos dias.
Nem por isso
Jesus deixou de levar a Boa Nova.
As vestes de
Jesus eram simples e muito usadas, e pouco eram eficazes contra o vento quente
e poeirento dos dias e do frio noturno. Ainda assim, o Cristo perseverou em sua
Missão na Terra. Jesus não se intimidou com as intempéries, nem com os
elementos da Natureza. Ele simplesmente prosseguiu, certo de que as
dificuldades eram momentâneas. Poderíamos observar que era evidente que Jesus
suportaria as privações, já que é o Governador deste planeta.
Mas e quanto aos
discípulos? Tão pobres financeiramente quanto o Mestre. E mais, eram pobres de
moralidade. Mas eram os pupilos do Nazareno guiados pela força da Fé em mudar a
si mesmo e ao mundo. E, seguindo o exemplo de Jesus, venceram as intempéries
que havia dentro de seus corações, tornando-se imunes as dificuldades da vida
material.
Devemos
encontrar nas intempéries da Vida a oportunidade de crescermos, vencendo a nós
mesmos no comodismo das imperfeições.
Devemos
abandonar a fogueira aconchegante para levarmos tochas de Esperança aos cantos
mais escuros e frios de nossa alma e na dos outros.
Devemos tocar no
solo pedregoso descalços para podermos calçar pés ainda mais débeis do que os
nossos.
Devemos tirar
nosso manto e pô-lo em corpos vacilantes e ignorantes no propósito de evoluir.
Não devemos
fugir das intempéries, mas abraçá-las com a certeza de que só iremos crescer se
compreendermos que elas existem para nos fazer evoluir.
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