Os dias
autor Thiago D. Trindade
Os dias passam cada vez mais rápidos. Pouco lembramos do que fizemos nos dias anteriores. As palavras ditas se foram ao vento e não nos importamos se fomos feridos ou se ferimos. A sociedade de hoje tornou-se descartável com seus dias velozes.
A lua já não é tão bela, nem ilumina os passeios dos enamorados. A frondosa árvore, que ainda resiste, não abarca mais as crianças barulhentas e risonhas. A brisa fresca não acaricia mais a face das pessoas que antes se sentavam à porta ou á janela para conversar com os que lhes eram caros. A pressa não permite!
É tamanha a pressa, a urgência, que esta se torna uma violência mutiladora e silenciosa. Muito silenciosa. A pressa nos leva ao esquecimento de quem somos. A pressa dos dias nos empurra para a escuridão entorpecida que nos relega a falta de alegria e do júbilo que a Vida nos presenteia todos os dias.
Andemos mais devagar! Olhemos à lua e as estrelas! Sentemo-nos à sombra de uma frondosa árvore! Sintamos em nosso rosto a brisa fresca e conversemos mais sobre o que sentimos e pensamos! Que estendamos a mão ao nosso próximo e que nosso coração seja sempre doce e brando. Aí sim os dias, ainda que teimosamente apressados, serão melhor aproveitados!
Muito bom meu caro! por isso sempre aquela interjeição. Nossa já é Natal!
ResponderExcluirForte abraço, querido Mauro Simões!
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