Almas gêmeas
autor Thiago D. Trindade
A mídia, há algum tempo, exalta a
questão das almas gêmeas, que pode se definir como aquelas entidades que
compartilham integralmente suas características alcançando, ao final, a
Felicidade.
No entanto, a lenda das almas gêmeas
é fruto de crença não raciocinada.
Afinal, se alma gêmea, no conceito
geral, é a união de duas partes, pode-se concluir, erroneamente, que o Espírito
se encontra dividido – incompleto – e busca se fundir numa espécie de Terceiro
Ser.
A psicologia Junguiana afirma que
trata-se da busca pelo ideal inalcançável, idílico, onde, na verdade, um
parceiro transfere suas necessidades para o outro, que reduzido a mero
complemento, o satisfaz integralmente. Essa busca, como sabemos, nunca é concluída
e a insatisfação permanece.
Kardec, conhecedor da idéia acerca de
almas gêmeas, indagou sobre isso à espiritualidade (questão 298 do Livro dos
Espíritos) e obteve a seguinte resposta:
“Não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe
entre todos os espíritos, mas em graus diferentes segundo a categoria que
ocupam...”
Espíritos simpáticos, ou seja, que se
afinizam e caminham juntos, por um tempo, é muito mais sensato de se pensar,
uma vez que a Lei das Afinidades é o principal elemento para a Evolução Moral
do indivíduo.
Um grande exemplo é a dupla Emmanuel
(Guia do médium Francisco Cândido Xavier) e Lívia, onde verificaremos a
Entidade feminina auxiliar o antigo companheiro da Terra na rota da evolução ao
longo dos séculos, sem estacionar seu próprio caminho evolutivo.
Não devemos buscar nosso(a) gêmeo(a),
devemos buscar nosso(a) companheiro(a), imperfeito(a) como nós, e que com
Paciência, Perdão, Fraternidade, Simplicidade e Fé caminharemos juntos por um
tempo, em direção a algo muito maior do que compreendemos na Grande Jornada
rumo à Perfeição.
belo texto! Verdadeiramente espírita!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirAbraço, Tiago Santos