quinta-feira, 25 de julho de 2013

Zélio e a Codificação da Umbanda

Zélio e a Codificação da Umbanda
autor Thiago D. Trindade

Muito se propala a respeito da Codificação da Umbanda. Mas, espera aí, algum Código? Quem determinou, caso haja, esse Código? Aliás, a Umbanda necessita de Código? Existem livros de estudiosos que versam sobre o tema. No entanto, em 1908, por ocasião do “Início do novo Culto” dirigido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas (situação que ocorreu nas dependências do Centro Espírita Santo Agostinho, à época sede da Federação Espírita do Rio de Janeiro, conforme as informações divulgadas pelo estudioso Renato Guimarães, autor do blog Registros de Umbanda), que estabeleceu que a Umbanda (antes chamada de Alabanda e Aumbanda) era a manifestação do Espírito para a Caridade – Moral e Material. E o nobre Espírito de aparência indígena, embora na ocasião, pela vidência de um médium no local, tenha sido observado também como um Frei Católico (mais tarde identificado como Frei Gabriel Malagrida – um frei agostiniano), deu como fonte doutrinária a Codificação Espírita, trazida à Terra por Allan Kardec em determinação da Espiritualidade Superior.

Como sabemos disso? Por fontes seguras, como a história registrada e relatos de médiuns da Tenda Nossa Senhora da Piedade (Niterói-RJ), a primeira Casa de Umbanda. Outras antigas casas de Umbanda, como Tupyara (Rio de Janeiro) e Pai Congo de Cambinda (Paracambi-RJ), e Casas Espiritualistas como Vale do Amanhecer (Brasília-DF) e Ramatís (Rio de Janeiro), que implantaram a Codificação Espírita por ordens da Espiritualidade desses locais e que não têm qualquer correlação com a TENSP.

Na Doutrina Espírita encontramos as máximas Morais do Cristo (Sincretizado com Oxalá, Entidade de altíssima hierarquia da cultura Yorubá), bem como explicações acerca do Plano Espiritual, A Evolução da Terra, a Lei de Ação e Reação, para o desenvolvimento do Homem, que as Religiões deveriam estimular com mais afinco.

Mas, espera aí! E as diferentes Umbandas? A Umbanda Esotérica, Mesa Branca, Universal, Branca e Demanda, Oriental, a Mística, a de Pretos Velhos, etc... Aliás, ocorre o mesmo nas Casas Espíritas “Kardecistas” com os Ortodoxos, Febeanos, Roustainguistas, Ubaldistas, Libertários, Chicófilos, etc...Todas são válidas e importantes e estão inseridas no contexto mental – compreensão mesmo – de cada grupamento, e em pé de igualdade e importância.

A Umbanda não é uma Religião que trata só da ferida aberta, embora muitas Casas só se preocupem em tratar das dores presentes, conforme entendemos. O correto é esclarecer a ponto de evitar novas feridas e a entendê-las, como ensinam nossos bons Amigos Espirituais e como muito bem pauta a Codificação Kardequiana.

Estudar a Doutrina Espírita, que não é uma Religião, mas sim Filosofia e Ciência, não significa exterminar a Umbanda, como esclarece o sábio Leon Denis, com sua máxima “Espiritismo não é a Religião do Futuro, mas sim o Futuro das Religiões.”. Ou seja, estudando-se os Ensinos do Alto com seriedade e isenção de Egos, com esforço em cumprir a Missão Individual de cada um da melhor forma possível, e, no seu respectivo grupamento espiritual (Religião) sem desmerecer os diferentes é que estaremos, de fato, Crescendo em direção à Perfeição.

Endereço do Blog Registros de Umbanda: http://registrosdeumbanda.wordpress.com/2012/03/13/o-verdadeiro-local-da-primeira-manifestacao-do-caboclo-das-sete-encruzilhadas/

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