É muito bom abrirmos espaço para a literatura, uma vez que nesses dias cinzentos, percebemos que as cores da vida estão sendo postas de lado. Aproveitemos, que vale muito à pena, mais ainda junto aos pequenos, essa deliciosa leitura!
O causo do tamanduá-bandeira
autor: Rafael Daltro
Não teve briga
Mas foi muita choradeira
Dizia a formiga
Pra arara faladeira
Esta tinha uma amiga
A maritaca fofoqueira
Que espalhou toda desdita
Do tamanduá-bandeira
Foi assim que a jararaca
Ouviu da paca em segredo
Pois, de fofoca, tinha medo
Sua boca era um baú!
O tal tamanduá
Apaixonado por uma minhoca
Pulava mais que índio na oca
Picado por surucucu
Só não sabia que um boato
De traição bem sorrateira
Corria da serra da Mantiqueira
Até o alto Xingu
Dizem que foi a cobra
Rastejante e perigosa
Quem jogou o veneno
Em dois dedos de prosa:
"Vi a minhoca na toca do tatu
"Vi a minhoca na toca do tatu..."
O tolo acreditou
Perdeu a razão
E, por ter muita vergonha
Passou a fuçar o chão
A minhoca tentou em vão
Explicar ao seu amor:
" Me enfiei naquelas terras
Por causa de um pescador
Se ele me pegasse
Às margens da ribeira
Virava isca pra peixe
E aí, adeus, tamanduá-bandeira!"
Por isso, hoje em dia
Na mata a prudência dobra
Ninguém escuta um lado só
Nem dá ouvido à cobra
“Nunca estamos sós no Caminho. Conosco vai quem convidamos. Que seja sempre Jesus” Espírito Joaquim
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