As correntes, ao longo da
História humana, tem obtido sinistro papel. Feitas de resistente metal, os elos
são reunidos em vil prisão para incontáveis almas em aflição. Foram, é verdade,
usadas para outros fins, como a ligação entre a âncora e o navio, dentre outras
coisas. Mas como elemento de retenção de corpos, as correntes adquiriram o
significado de expiação e prova. Expiação por desejar a felicidade, a
liberdade, e , como prova, as correntes simbolizavam a necessidade da superação
das necessidades mais imediatas, sendo, portanto, o agente desenvolvedor da paciência
e da resignação. Quantas vezes, correntes rasgaram corpos esquálidos e
atormentados por mil matizes? Quantas vezes acorrentamos ou fomos acorrentados?
Os elos reunidos, forjados em
metal resistente e pesado, são uma oportunidade de evolução moral do Espírito. Ao
longo das reencarnações somos algozes e/ou vítimas de nós mesmos, intemperados
no ego e descrentes no amor do Cristo. E essa intemperança forma uma corrente
ainda mais pesada, a corrente das imperfeições, cujos elos tem nomes funestos:
inveja, rancor, ciúme, orgulho, luxúria, cobiça, etc. Tal corrente é capaz de
prender um Espírito por anos sem conta em regiões de sofrimento. E não há,
segundo o Cristo e relembrado por Kardec, região mais fértil do que nosso
íntimo, uma vez que fazemos nosso céu ou inferno. E consideremos mais: podemos,
como escrito acima, acorrentar outras pessoas e criamos, além da auto obsessão,
a obsessão entre as pessoas, que pode, em muitos casos atravessar os séculos da
Terra, adiando o que nos é inevitável, a perfeição.
E falando de perfeição, ou
felicidade, que não é deste mundo, podemos – e devemos – criar uma outra
corrente. Falamos da Corrente do Bem, cujos elos são formados de luz. Cada elo,
como a corrente das imperfeições, tem um nome: paciência, humildade, resignação,
esperança, respeito, esperança, fé, Caridade. Tais elos são inquebráveis, mas
para forjá-los, exige-se comprometimento, dedicação. Durante a forja dos elos,
pode-se falhar. Aliás, é esperado que se falhe várias vezes, como os discípulos
de Jesus fracassaram em curar, em se entenderem, em curar, mas acabaram por
perceber que o amor quebra as correntes mundanas e desenvolve a corrente de luz.
Fantástico!!
ResponderExcluirQuebrando as correntes das imperfeições!!! Luiz Carlos!
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