quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Paixão de Cristo


Autor Alexandre Giovanelli


A morte de Cristo não é a morte, o fim; mas sim o sinal de que o amor venceu a morte. A alegria venceu a tristeza. E sempre vencerá. A morte de Cristo é a mensagem de esperança. Porque Jesus foi além da cruz; ao contrário do que é dito, Jesus não deu sua vida por nós, simplesmente. Jesus dá e dará a sua vida por nós, hoje e sempre. Assim ele está vivo em espírito e através de seus ensinamentos. Suas palavras e exemplos estão a disposição de todos aqueles que se dispuserem a abrir seus corações e tiverem a coragem de mudar; porque aceitar Cristo é aceitar seguir o caminho mostrado por ele; é deixar a ilusão do mundo material e perseguir a verdade do mundo espiritual. Por isso o Mestre disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
            Nos últimos momentos, antes de sua condenação, Jesus ao dividir o pão e o vinho com seus discípulos, deu uma nova dimensão àquele momento informando que aquilo era sua carne e seu sangue e deveriam tomar parte daquela ceia tendo em mente o simbolismo do momento. A mensagem de Jesus é clara: o exemplo e o ensinamento de Cristo devem fazer parte de nós, de nossos atos, pensamentos, sentimentos. Devem ser parte constituinte de nosso ser, de nossa alma. Devem permear nossos atos mais simples, no cotidiano. Devemos fazer de Cristo nosso alimento espiritual. A sua essência deve ser nossa essência. Para que não estejamos separados de Cristo e só em alguns momentos nos reportemos a ele; mas ao tomarmos seu sangue e sua carne, que nós aceitemos seus ensinamentos e os transformemos em parte indissociável de nossas vidas. Como Paulo disse: “Agora já não sou eu quem vivo, mas Cristo que vive em mim”.
Portanto, irmãos, pensem na Paixão de Cristo não como a morte ou fim de algo. Não como um momento de dor e tristeza, mas sim como um momento de transformação. De vitória da matéria sobre o espírito, do amor sobre o ódio. Da alegria sobre a tristeza.
Da mesma forma, em nossas vidas passamos por tribulações, sofrimentos, dor de perdas. São momentos de transformação. De aprendizado. Encaremos como uma fase importante que vai passar. Tudo isso passará. Mas que, afinal, nos deixará um legado de amadurecimento, de cura a uma ferida espiritual. É que após a dor vem o alívio. Depois da tempestade vem a bonança.
Lembremos de exemplos como São Francisco de Assis que deixou todos os seus bens materiais para uma vida de pobreza, de necessidades. Sentiu as dores do mundo, adoeceu, sofreu incompreensões, foi segregado por seus próprios pares. Mas em todos os momentos cantava e louvava a Deus com uma alegria sem precedentes; via em tudo e em todos a mão de Deus. Cantava para as estrelas, o sol, a lua, os animaizinhos. Louvava toda a criação e em tudo dava graças a Deus.
Portanto, irmãos, a cruz que carregamos é o que irá nos regenerar e que tem o potencial de nos elevar em pensamentos e sentimentos. Deixemos que morra na cruz a nossa vaidade, ódio, luxúria, inveja, cobiça, egoísmo. E ressuscitemos com nossas almas lavadas, mais puras, com menos vícios. Isso é uma alegria.
Jesus não morreu. Ele reviveu e vive ainda, ensinando e curando. Tomemos do seu pão e do seu vinho para que nos rejubilemos no Senhor em todos os dias de nossas vidas.

Um comentário:

  1. excelente! Parabéns ao autor! Que Jesus o abençõe!! Patrícia

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