Refletindo, em
um primeiro momento sobre a importância do Evangelho, ou se preferirem, sobre a
educação religiosa, devemos aceitar o fato de que o Cristo é o Caminho, a
Verdade e a Vida. Sendo o Nazareno o Caminho, devemos adotar suas pegadas para
assim atingirmos a Verdade, e, dessa forma, chegaremos à Verdadeira Vida, que é
a Plenitude Espiritual.
Jesus, sendo
nosso modelo, começa seus primeiros ensinamentos ainda na infância, se
sujeitando – e ele é o Governador Espiritual de nosso mundo – a autoridade de
José e Maria, demonstrando a importância da hierarquia familiar e respeitando
as posições de tutelado e tutor.
Mais tarde, em
seu Mandato de Amor entre nós, Jesus trouxe lições que nos orientam a proteger
aqueles que estão indefesos, ou mais fracos física ou moralmente, assumindo uma
postura, de grosso modo, paternal, em virtude das informações que nós temos e o
outro não. As informações a respeito de fraternidade nos é uma
responsabilidade. A educação religiosa, por conta disso, começa no lar,
conforme trataremos mais adiante, e migra para a Casa Religiosa, onde pautada
nos Ensinamentos Crísticos de Amar a Deus e ao próximo, encontramos diversas
fontes de novas idéias e situações para fixar as informações evangélicas de
forma construtiva, gradativa, participativa e de acordo com a fase específica
que a pessoa esteja atravessando.
Portanto,
tomemos a religião como segunda escola, que, consorciada com a primeira, a
família, teremos por objetivo a formação moral do indivíduo, que por sua vez,
estará municiado de condições para enfrentar suas provas e expiações.
Na Doutrina
Espírita, encontramos um manancial de informações que revelam a
responsabilidade de se formar um indivíduo. No Livro dos Espíritos, mais
precisamente, nas questões 582 e 583, encontramos preciosas orientações acerca
da missão da paternidade. Sabemos que somos imortais e fadados à perfeição,
mas, no entanto, carecemos de desenvolvimento moral.
Nessas questões
citadas, vemos um preocupado Kardec indagando a espiritualidade se a
paternidade deve ser vista como uma missão, e mais adiante, o nobre pedagogo
prossegue perguntando sobre as responsabilidade dos atos dos filhos. Ora, a
Espiritualidade é direta. É claro que a paternidade é uma missão, uma confiança
que Deus nos outorga em preparar moralmente um Espírito. E caso esse Espírito tutelado cometa algum
erro em virtude do nosso fracasso em educar, a responsabilidade é mais nossa do
que do educando. Pode também acontecer o seguinte: nós fazemos de tudo para o
crescimento moral do tutelado e ainda assim o tutelado escolhe mal. Nessa
situação a responsabilidade do mau uso do livre arbítrio é dele e não do tutor.
Não é fácil
educar um filho. Não com os desregramentos que a sociedade nos impõe. A
solução, porém, consiste em uma única palavra: exemplo.
Jesus é
perfeito, mas teve um pai exemplar.
Jesus é
perfeito, mas teve uma mãe exemplar.
Por isso,
devemos, não só adotar Jesus como modelo, mas também José e Maria, pois seu
exemplo de dedicação à formação moral, precedeu o Mestre Nazareno.
A nosso
tutelado, devemos sempre dar o exemplo, seja ele nosso filho carnal ou
espiritual. Devemos, com nossa conduta sã, saber impor limites. Muitas vezes dizemos
“não”, por ser esta também uma forma de Caridade, mas sempre devemos dar as
devidas explicações para não criarmos em nossos filhos a perigosa curiosidade
que nos desafia.
Devemos
exercitar nossa paciência, humildade, fé e esperança e nossos filhos irão ver
claramente isso. Façamos a nossa parte, com o Evangelho a embasar nossa conduta
e com a Codificação Espírita a estabelecer nossos planos de ação,
conferindo-nos a capacidade de adoção de abordagens pedagógicas específicas
junto a nossas crianças.
Que nós possamos
orar juntos com nossos filhos. A oração é uma ferramenta muito poderosa, que
vem sendo posta de lado. O culto no lar deve ser feito em família, bem como em
família deve ser o enfrentamento das dificuldades, para que nosso protegido,
quando estiver na posição de “chefiar” um núcleo de encarnados, ele saiba o que
fazer.
Sigamos, pois, o
exemplo de José e Maria, que mesmo sabendo que seu filho era maior do que eles,
ainda assim não se desviaram da tarefa de moldar um filho para o mundo.
No entanto,
alguém pode considerar que muitos lares estão sendo desfeitos. Verdade. Mas não
existe “ex-filho”. Existe filho e não importa onde os pais estejam, serão
responsáveis pelos tutelados e a figura do padrasto ou madrasta não tira de
ninguém a outorga conferida por Deus de ser responsável por um Espírito.
Nas relações
onde um casal de homossexuais toma uma criança para criar, bem, a
responsabilidade é a mesma e reconhecemos as famílias bem sucedidas são
avaliadas pela sua conduta, o que já refletimos em outros textos. Aliás, embora
não seja o tema central deste texto, informamos aqui que muitas crianças estão
em abrigos, à espera da adoção, mas por preconceito, casais homossexuais,
repleto de amor fraternal, são impedidos de simplesmente porem seus pés em
muitos orfanatos. E assim a roda de rancor e miséria moral se estende.
Sigamos, pois, o
exemplo de José e Maria, que mesmo sabendo que seu filho era maior do que eles,
ainda assim não se desviaram da tarefa de moldar um filho para o mundo.
texto excelente!
ResponderExcluirBelo texto! Os pais, em relação aos filhos, antes de tudo, estabelecem uma relação de amor. O amor é o maior exemplo a ser seguido e deixado por Jesus. Gostaria de sua autorização para distribuir esse artigo, com a justa citação da fonte, para os pais das crianças que frequentam a Evangelização Infantil, no Centro Espírita que trabalho, no primeiro dia de aula!
ResponderExcluirPaz e luz!
Prezada Raquel, fique à vontade para divulgar o texto. Abraço fraterno!
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