Autor Thiago Dias
Trindade
Quando estudamos a mensagem do
espírito Ferdinando, intitulada “Missão do Homem inteligente na Terra”, no
capítulo 7 do Evangelho Segundo o Espiritismo, percebemos que a sábia entidade
faz alusão direta a Conhecimento e Responsabilidade.
Conhecimento, entendamos, ser as
informações que podem ser bem ou mal utilizados e que Sabedoria não é nada além
do bom uso do conhecimento. E usando bem ou mal o conhecimento arcaremos com
suas conseqüências. Devemos entender, em verdade, que plantamos e colhemos
constantemente neste mundo de provas e expiações.
Seguindo o raciocínio do espírito
Ferdinando, na mensagem supracitada, a enxada é o instrumento fundamental para
o trabalho do ajudante do jardineiro, que sob a orientação deste último,
realiza uma série de tarefas. Tomemos, pois, a enxada por Evangelho, o ajudante
somos nós, e o jardineiro, sendo o excelso Mestre Jesus.
O Evangelho, ou Enxada, é o
instrumento que nos faz crescer, quando manejado, ou utilizado, com seriedade.
Tal instrumento pode ser posto de lado, jogado mesmo, se assim quisermos. E
quantas vezes jogamos a enxada para algum canto, permitindo que as ervas
daninhas do ego (inveja, ganância, rancor, cobiça, luxúria, etc) cresçam fortes
e que acabam por danificar o belo jardim de nossa existência?
O Jardineiro, Jesus, mais
comumente chamado de Carpinteiro, que conhece cada um de nós, se encarrega de
pegar a enxada caída ao largo de nosso caminho e a põe ao alcance de nossa mão
e sussurra, confiante, em nossos ouvidos espirituais: “Perdoe!, Ame!, Trabalhe a
si mesmo para crescer!”
Usar a enxada do Evangelho em
benefíficio próprio é um trabalho duro e de muita responsabilidade. Cria
músculos morais. A pele espiritual fica engrossada pela perseverança em
atravessar e vencer as intempéries evolutivas que impomos a nós mesmos. O suor
que vertemos é pura fé, a certeza da vitória.
Mas é claro que nos cansamos! No
entanto, ao invés de jogarmos a enxada ao chão, podemos nos apoiar nela e
respirar. Podemos nos apoiar no Evangelho do Cristo e respirar o méximo
possível o perfume da resignação e então voltar a “carpir” novamente o solo
existencial que possuímos.
Trabalhando firme, um dia,
chegaremos a Jardineiro, conforme Jesus assegura, e iremos a ajudar os outros
aspirantes a se tornarem protetores da obra Divina de Deus.
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