por Allan
Kardec, na “Revista Espírita” (1868), deixa bem claro o status da Doutrina dos
Espíritos:
Porque, então declaramos, que o Espiritismo não é uma religião?
Porque não
há uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a
palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma ideia
de forma, que o Espiritismo não tem.
Se o
Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se quiser,
dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo
de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de
misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião
pública.
Não tendo o
Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do
vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor
inevitavelmente se teria equivocado.
Eis
porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral. (KARDEC, 1868). (grifo
nosso).
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