Autor Thiago D. Trindade
Refletindo, em um primeiro
momento sobre a importância do Evangelho, ou se preferirem, sobre a educação
religiosa, devemos aceitar o fato de que o Cristo é o Caminho, a Verdade e a
Vida. Sendo o Nazareno o Caminho, devemos adotar suas pegadas para assim
atingirmos a Verdade, e, dessa forma, chegaremos à Verdadeira Vida, que é a
Plenitude Espiritual.
Jesus, sendo nosso modelo, começa
seus primeiros ensinamentos ainda na infância, se sujeitando – e ele é o
Governador Espiritual de nosso mundo – a autoridade de José e Maria,
demonstrando a importância da hierarquia familiar e respeitando as posições de
tutelado e tutor.
Mais tarde, em seu Mandato de
Amor entre nós, Jesus trouxe lições que nos orientam a proteger aqueles que
estão indefesos, ou mais fracos física ou moralmente, assumindo uma postura, de
grosso modo, paternal, em virtude das informações que nós temos e o outro não.
As informações a respeito de fraternidade nos é uma responsabilidade. A
educação religiosa, por conta disso, começa no lar, conforme trataremos mais
adiante, e migra para a Casa Religiosa, onde pautada nos Ensinamentos Crísticos
de Amar a Deus e ao próximo, encontramos diversas fontes de novas idéias e
situações para fixar as informações evangélicas de forma construtiva,
gradativa, participativa e de acordo com a fase específica que a pessoa esteja
atravessando.
Portanto, tomemos a religião como
segunda escola, que, consorciada com a primeira, a família, teremos por
objetivo a formação moral do indivíduo, que por sua vez, estará municiado de
condições para enfrentar suas provas e expiações.
Na Doutrina Espírita, encontramos
um manancial de informações que revelam a responsabilidade de se formar um
indivíduo. No Livro dos Espíritos, mais precisamente, nas questões 582 e 583,
encontramos preciosas orientações acerca da missão da paternidade. Sabemos que
somos imortais e fadados à perfeição, mas, no entanto, carecemos de
desenvolvimento moral.
Nessas questões citadas, vemos um
preocupado Kardec indagando a espiritualidade se a paternidade deve ser vista
como uma missão, e mais adiante, o nobre pedagogo prossegue perguntando sobre
as responsabilidade dos atos dos filhos. Ora, a Espiritualidade é direta. É
claro que a paternidade é uma missão, uma confiança que Deus nos outorga em
preparar moralmente um Espírito. E caso
esse Espírito tutelado cometa algum erro em virtude do nosso fracasso em
educar, a responsabilidade é mais nossa do que do educando. Pode também
acontecer o seguinte: nós fazemos de tudo para o crescimento moral do tutelado
e ainda assim o tutelado escolhe mal. Nessa situação a responsabilidade do mau
uso do livre arbítrio é dele e não do tutor.
Não é fácil educar um filho. Não
com os desregramentos que a sociedade nos impõe. A solução, porém, consiste em
uma única palavra: exemplo.
Jesus é perfeito, mas teve um pai
exemplar.
Jesus é perfeito, mas teve uma
mãe exemplar.
Por isso, devemos, não só adotar
Jesus como modelo, mas também José e Maria, pois seu exemplo de dedicação à
formação moral, precedeu o Mestre Nazareno.
A nosso tutelado, devemos sempre
dar o exemplo, seja ele nosso filho carnal ou espiritual. Devemos, com nossa
conduta sã, saber impor limites. Muitas vezes dizemos “não”, por ser esta
também uma forma de Caridade, mas sempre devemos dar as devidas explicações
para não criarmos em nossos filhos a perigosa curiosidade que nos desafia.
Devemos exercitar nossa
paciência, humildade, fé e esperança e nossos filhos irão ver claramente isso.
Façamos a nossa parte, com o Evangelho a embasar nossa conduta e com a
Codificação Espírita a estabelecer nossos planos de ação, conferindo-nos a
capacidade de adoção de abordagens pedagógicas específicas junto a nossas
crianças.
Que nós possamos orar juntos com
nossos filhos. A oração é uma ferramenta muito poderosa, que vem sendo posta de
lado. O culto no lar deve ser feito em família, bem como em família deve ser o
enfrentamento das dificuldades, para que nosso protegido, quando estiver na
posição de “chefiar” um núcleo de encarnados, ele saiba o que fazer.
Sigamos, pois, o exemplo de José
e Maria, que mesmo sabendo que seu filho era maior do que eles, ainda assim não
se desviaram da tarefa de moldar um filho para o mundo.
No entanto, alguém pode
considerar que muitos lares estão sendo desfeitos. Verdade. Mas não existe
“ex-filho”. Existe filho e não importa onde os pais estejam, serão responsáveis
pelos tutelados e a figura do padrasto ou madrasta não tira de ninguém a outorga
conferida por Deus de ser responsável por um Espírito.
Nas relações onde um casal de
homossexuais toma uma criança para criar, bem, a responsabilidade é a mesma e
reconhecemos as famílias bem sucedidas são avaliadas pela sua conduta, o que já
refletimos em outros textos. Aliás, embora não seja o tema central deste texto,
informamos aqui que muitas crianças estão em abrigos, à espera da adoção, mas
por preconceito, casais homossexuais, repleto de amor fraternal, são impedidos
de simplesmente porem seus pés em muitos orfanatos. E assim a roda de rancor e
miséria moral se estende.
Sigamos, pois, o exemplo de José
e Maria, que mesmo sabendo que seu filho era maior do que eles, ainda assim não
se desviaram da tarefa de moldar um filho para o mundo.
A alma necessita amar e ser amada!
ResponderExcluirIsmael de Almeida
A alma é filha do amor de Deus. Nasceu do amor e é nutrida pelo amor!
Assim como a terra calcinada pelo calor escaldante precisa do amor da chuva, para que as sementes brotem em florescências de vida, a flor precisa dos beijos dos raios solares, o dia precisa do sol, os pássaros do espaço para voar, o lago da presença das árvores, a alma precisa do amor para viver.
A alma filha do amor do Pai Celestial e da Mãe matéria necessita do fluxo de amor, para viver. Ela não sobrevive sem amor. O amor é vida, é a razão da sua existência, a sustentação do seu Ser, o Alfa e o Ômega, o Tudo, desejado e amado.
O amor é para a alma, a essência do seu ser, a sustentação de sua imortalidade, e tudo que existe foi criado pelo Altíssimo, por amor, com amor para a alma. A falta de amor para a alma é como a falta de sangue para o organismo humano.
Tudo que existiu, existe e existirá é oferenda de amor do Criador para sua amada, um pedaço do coração de Deus, para sua filha a Alma imortal.
Os mundos, constelações, galáxias e Universos, que rolam nos espaços siderais, são criações de Deus para a alma sua amada. Tudo foi feito para a alma. Nenhuma galáxia do cosmos existiria se a alma não existisse. A alma é a herdeira dos universos, pois tudo lhe pertence porque pertence a Deus seu Pai amado. Deus ama a alma sua filha, a Alma ama Deus seu Pai. Este amor é irresistível, Deus espera com paciência que a alma descubra sua paternidade, a alma ama seu Pai, mas desconhece sua filiação, embora sinta um amor inexplicável por Deus seu Pai.
Faltar amor para a alma é como faltar ar para o afogado. O pulmão não vive sem ar, a alma não vive sem amor. Assim como o pássaro busca a companheira, os astros que rolam nos abismos do espaço, não velejam sós no oceano cósmico, pois caminham unidos pela força de atração do amor, constituindo famílias, nos sistemas solares, unidos pela força de gravidade das constelações, que percorrem seus caminhos cósmicos, vinculados pelo amor gravitacional. O que é a gravidade senão amor cósmico, a união familiar como ocorre no amor terreno?
A alma precisa amar, esta é razão da sua existência. O corpo quer paixão, desejo incontrolável, volúpia e sensações fortes, naquela busca de emoções que não sabe como ou onde encontrar, que confunde com posses e desejos. A alma precisa ofertar tudo, esta é a razão da sua vida, o corpo precisa receber tudo na sua incontida volúpia. A alma tudo dá. O corpo tudo quer! A alma só se realiza no altruísmo, o corpo no desejo!
A alma ama tudo o corpo ama a si próprio e tudo quer para si e nada oferece! A alma é o amor, o corpo o receptáculo deste amor. O corpo sonha com o amor da alma, mas desconhece a força deste amor, e corrompe esta fonte de água pura imaculada, com o lodo do desejo vil.
O corpo muitas vezes transforma o amor da alma em ódio abrasador! Rancor, raiva, desdém, injuria, egocentrismo, e tudo que se conhece de sentimentos desairosos, é o amor da alma, contaminado em sua prístina beleza, como uma fonte imaculada contaminada por dejetos lastimosos! É o incontido desejo maculando a santidade e a beleza da alma!
O ser humano precisa amar, assim como os astros do céu precisam do amor gravitacional.
Amor, eterno amor!
PAZ E LUZ!