Autor Thiago D. Trindade
A lição aprendida por Tomé é uma grande
realidade para nós, que não convivemos com a presença material de Jesus, mas
acreditamos em sua existência e ensinos.
Jesus não é invisível, pelo
contrário.
Nós, porém, O deixamos invisível por
conveniência.
Mas... pensemos...
Quantas vezes desafiamos o Cristo,
senão o próprio Deus, quando queremos algo difícil de conseguir?
“Se Deus existe, eu terei o que
quero!”
“Jesus, se você está aqui, me ajude!”
Essas duas afirmativas, muitas vezes
ditas mundo a fora, realça o argumento de que todos somos “Tomés”, já que
condicionamos nossa crença a uma prova de cunho comercial. Aliás, esse é o tipo
de coisa – o toma lá dá cá – que leva muitas pessoas a abraçar as trevas.
Intimamos o Excelso Mestre e o
próprio Criador a nos servir de forma ignóbil, egoísta.
Desafiamos para aplacar nosso
orgulho, como Tomé fez.
Como temos de evoluir!
Se caímos, creditamos nossa fugaz e
dolorosa derrota ao desleixo de Deus e de seu Filho Mais Velho.
Ainda bem que Deus e Jesus são
substanciados por Amor, caso contrário...
Jesus veio à Terra para ensinar o
Amor Verdadeiro. Como citei antes, um trabalho de Paciência, Humildade,
Perseverança e Fé.
Todos nós, praticamente, em algum
momento de nossas vidas, fomos (ou somos) tal como Tomé. Pela simples razão de
sermos céticos a quase tudo que se relaciona a Fé.
Tomé seguiu Jesus por três anos,
comendo com Ele, rindo com Ele, aprendendo com Ele.
No entanto, as evidências apontam da
incredulidade do homem que vira o Mestre multiplicar pães, acalmar tempestades,
curar leprosos, despertar Lázaro e a filha de Jairo do “sono mortal”.
Sendo ligeiramente irônico, podemos
afirmar que Tomé só gostava de acompanhar Jesus pelo agito que Ele causava.
Digo isso, pois se nem o episódio do Gólgota, o agente transformador para os
discípulos, funcionou para aquele que era chamado de Dídimo.
Tomé não acreditou nem mesmo quando
seus companheiros, que antes ouviram de Maria de Magdala – a primeira a rever o
Mestre – que o Cristo retornara diante de seus olhos angustiados (João, 21:
19-22).
Desafiador, o discípulo bradou que só
acreditaria se tocasse nas feridas de Jesus (João, 21:25).
Dias depois (João, 21:26) Jesus
surgiu diante de Tomé e o advertiu duramente, conforme registrou João (21: 27 e
29), e o cético põe seus dedos nas feridas do Cristo de Deus.
Com a lição dada, cabe a nós fazer
valer a Lei através do empenho – e êxito – em vencermos a nossas más
inclinações.
E se nós, por preguiça, permanecemos
parados?
Com amor, recebemos umas broncas,
como todo pai e mãe zelosos fazem com seus rebentos teimosos.
“Bem aventurados os que não viram e
creram”
Com essa simples frase, observada no
livro do Evangelista João, o Mestre lembrou a Tomé quem Ele era. O que era
apresentar feridas no corpo, para o vil toque curioso, se comparado a tudo que
o próprio Dídimo participara como coprotagonista ao lado do Cristo?
Pois é.
Nos apegamos a mesquinharias e nos
recusamos a avaliar nossa própria história e encontrar nela a Bondade Divina.
Temos o Consolador Prometido nas
mãos. É preciso sentir o Consolador em nossos corações.
Acreditar de verdade.
Acreditando de verdade nos Ensinos do
Mestre, será irrefreável a vontade de trabalharmos na causa do Cristo.
Acreditar é doar-se ao próximo com
gestos e sentimentos, seja para quem for, e de preferência para aqueles que são
tão ou mais enfermos do que nós.
Acreditar de verdade é permitir que a
Luz do Cristo brilhe dentro de nós.
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