Autor Thiago D. Trindade
Há algum tempo, temos ouvido,
falado e estudado a respeito da Transição Planetária. Sabemos que o velho mundo
de provas e expiações está se modificando para um mundo de regeneração.
No entanto, não vemos,
infelizmente, essa modificação planetária de forma prática. Também não vemos em
nós mesmos as características morais que devem ser modificadas. Alguém poderia
dizer: “como assim?!” “ O que a Transição Planetária tem a ver com as nossas
características morais?!”
Ora, Jesus disse que o Reino de
Deus está dentro de nós. Isso significa que o Reino consiste em desenvolver
todo o nosso potencial no Bem, pois temos uma semente divina, conforme fala o
orador espírita José Carlos Leal no livro Evangelho e Qualidade de Vida, e essa
sementinha precisa florescer e frutificar.
Lembrando rapidamente da Parábola
do Semeador, deveríamos nos perguntar que tipo de terra somos para a semente
divina que está ali depositada, dentro de nosso coração? Somos uma terra
estéril, pedregosa? Somos uma terra espinhenta que mata a mudinha mal saída da
semente? Ou somos a terra fértil que sustenta a muda, que se torna uma frondosa
árvore?
Ouvimos, com freqüência, pessoas
dizerem que estão salvas porque aceitaram Jesus. Muitos espíritas dizem que
seus problemas deveriam acabar pelo fato de se vincularem a uma agremiação
espírita, bem como adeptos de outras crenças o fazem. Mas acontece que tais
pessoas não operaram mudanças significativas em suas vidas. Algumas deixam de
fumar, de beber, mas não conquistam melhorias espirituais. Não deixaram de ser
impacientes, preconceituosos, rancorosos, etc...
A semente de luz está lá. A
enxada do Evangelho está lá e Jesus, o Lavrador Supremo, está lá. Mas a terra é
ruim porque nós assim queremos. Jesus não pode evoluir por nós. Somos
responsáveis pelos nossos atos. E os nossos atos se refletem no mundo.
Outra pessoa pode dizer: “ Eu
ligo a televisão e só se vê violência”. Não é bem assim, pois tem coisa boa, é
só procurar que acha. Mais um outro confrade assevera: “não gosto de ler, como
é difícil ler!” Bem, existem bons áudio livros, além de grupos de estudos que
são verdadeiras pérolas de luz. E só
para constar: “coisa boa é o que realmente contribui para a nossa formação”,
assim assevera o amigo espiritual Joaquim. A questão é que se agente se
disponibiliza a aprender, a informação surge!
Mas outra pessoa pode aparecer e
disparar:” a pressão da sociedade é muito poderosa. Acabamos vencidos!” Paulo
de Tarso diz, com seu vigoroso entusiasmo: “viver no mundo, sem ser do mundo”.
O que o venerável mestre tarsense queria dizer é que devemos, sim, participar
ativamente da sociedade, afinal é nela que amealhamos condições de evolução
moral. E à medida que nos dedicamos à sociedade, que ela não nos infecte com
suas imperfeições!
Devemos enfrentar os desafios do
cotidiano, visualizando nossa realidade espiritual, ou seja, vencendo nossas
más tendências com a ferramenta do Amor. Devemos, para ajudar na Transição
Planetária, trabalhar incessantemente no Bem.
Não é fácil! Mas se buscarmos o
exemplo de Zaqueu, cujas casas de auxílio eram continuamente destruídas, sem
nunca culpar seus algozes, que sabiam menos do que ele, aprenderemos paciência
e persistência.
Se buscarmos o exemplo de Paulo
de Tarso, que ates de lhe cortarem sua cabeça, abençoara seus carrascos,
viveremos melhor, pois o bom ânimo estará sempre dentro de nós.
Se buscarmos o exemplo de Teresa
de Calcutá e vermos nos miseráveis do mundo, em nossos parentes ou colegas de
trabalho, o próprio Cristo, viveremos melhor pois nos permitiremos melhor
compreender a nós mesmos através de nossos semelhantes.
Se buscarmos o exemplo de Chico
Xavier, que se dizia um cisco e trabalhava, e trabalha, incansavelmente, sem
reclamar e fazer tudo o que podia com bom humor, viveremos melhor pois
desenvolveremos a resignação em nós.
Se nós abraçarmos o Evangelho,
viveremos melhor porque haverá Luz dentro de nós e ela irá irradiar à nossa
volta.
E, dessa forma, além de
verdadeiramente resolvermos os nossos problemas, ainda ajudaremos o Cristo na Transição
Planetária.
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