autor Thiago D. Trindade
Pelo dicionário Aurélio, mágoa
significa desgosto, amargura, descontentamento, desagrado. Magoar, por sua vez,
entende-se por ferir, melindrar, ofender.
A mágoa, ou desgosto está
presente no cotidiano humano. Diariamente magoamos ou somos magoados. E
geralmente por pequenas coisas. Costumamos ferir para que nosso ego brilhe.
Mas o dedicado aprendiz do
Evangelho do Cristo entende que a mágoa dificulta o crescimento espiritual.
Como assim? Como ficar magoado, ou desgostoso, pode atrasar nossa vida?
Simples. A pessoa magoada
direciona uma certa quantidade de energia mental ao ofensor, prejudicando-o, e
assim aumentado-se o débito kármico. Para fixar melhor de como nós devemos
proceder quanto a não nos tornarmos pessoas continuamente magoadas, ou infelizes,
ficamos com três frases de Jesus:
“Perdoar setenta vezes sete vezes”
“ Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem.”
“Ficarão aqui até que paguem o último centavo.”
Podemos resumir essas três
imortais frases do Cristo em uma palavra só:
PERDOAR
A mágoa gera quase todos os casos
obsessivos. Começa mais ou menos assim: uma pessoa ofende a outra, por
determinado motivo e o ofendido sufoca-se em mágoa. E assim alternam as
reencarnações, com a tristeza afogando a ambos. Somente o perda sincero pode
dar um basta nesse ciclo de sofrimento.
E é bom lembra que a pessoa
imersa em mágoa intoxica tanto seu corpo espiritual, que acaba por exteriorizar
no corpo material. Saibamos que todos os
nosso males estão em nossa mente enferma. Algumas pessoas chegam a desencarnar
por conta do ressentimento, e vão parar nas zonas umbralinas como suicidas,
devido a destruição do próprio corpo.
A saudosa médium Yvonne Pereira,
na excelente obra “Dramas da Obsessão”, de autoria espiritual de Bezerra de
Menezes, vemos um caso que se iniciou na tenebrosa era da Inquisição. Nessa
trama, vemos uma família de judeus, povo perseguido duramente por séculos, ser
massacrada da pior forma por alguns líderes religiosos que cobiçavam o
patrimônio material e a jovem filha do chefe do clã.
Séculos depois, os Espíritos dos
antigos judeus, deformados pela mágoa, obsediavam os inquisidores reencarnados,
que já sofriam penosamente pelos seus atos do passado, sem a necessidade do
ataque do Espírito Aboab, convertido em perigosíssimo obsessor. Com a
orientação dos Espíritos Bezerra de Menezes e Ester (a jovem moça que não se
entregara ao desespero e por conta disso, conseguiu evoluir espiritualmente),
Aboab e seus filhos libertaram a si mesmos da mágoa opressora, permitindo qu os
antigos inquisidores prosseguissem o resgate de seus pesados débitos.
Ressaltamos que o perdão foi fundamental no processo e que a linha norteadora
do trabalho foi o Evangelho do Cristo. Nesse livro, e é bom que se diga, foi
editado pela Federação Espírita Brasileira, encontramos o nobre Espírito de
Santo Antônio de Pádua, que coordena uma grande falange de Espíritos de
Crianças, que se manifestam com as cores rosa e azul, com flores nas mãos e
muita delicadeza. Tal falange tem por missa acalentar os corações doloridos. Qualquer
comparação com os Espíritos que se manifestam como Crianças na religião Umbanda
não é mera coincidência.
Temos de aceitar que não existem
vítimas de um lado e algozes do outro. Existem irmão que precisam de carinho.
Precisam de perdão. Nós temos a responsabilidade de dar o primeir passo, já que
nos propomos a seguir o Cristo. Devemos quebrar as correntes que nos prendem as
dores sermos livres em nossa
consciência. E, para quebrar as correntes da dor, lembremos Jesus:
“ Perdoar setenta vezes sete vezes.”
“Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem.”
“Ficarão aqui até que paguem o último centavo de nossas dívidas.”
Ou seja, AMAR.
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