É curioso perceber, nos dias de hoje,
que nos referirmos a determinados irmãos em Deus, de outro credo, chamando-os
de evangélicos.
Os próprios, aliás, assim o fazem há
poucos anos, certamente para se auto afirmarem, ainda que verbalmente, como
seguidores do Cristo.
No entanto, em meio das ondas da vida
terrena, se faz necessário algumas ponderações a respeito de como se
identificar o seguidor do Nazareno. Igualmente, cabe ressaltar, que o Mestre
Galileu não fundou religião alguma e isso é coisa nossa, ou seja, nós, os
imperfeitos, que criamos todas as religiões sobre a Terra.
Vejamos, sucintamente, o que
vislumbra cada uma das grandes – e profundamente Humanas – religiões que
encontramos em nosso país.
Igreja Católica Apostólica Romana: A
maior das Igrejas e uma das mais antigas (há ainda a Anglicana, Russa, Grega,
Copta, etc.). Administrou politica e economicamente nações. Sua base é a
Eucaristia e dela se obtém a salvação. Enfatiza o Velho e o Novo Testamento. Base
Moral.
Protestantismo: Movimento iniciado
por Martinho Lutero, que rompeu com a dominante ICAR, através do lançamento de
95 teses de discordância dos dogmas católicos. Sua base é a crença de que a
aceitação de Jesus como Salvador é a chave para o Reino dos Céus. Enfatiza o
Velho e o Novo Testamento. Base Moral.
Espiritismo “Kardecista”: Doutrina
trazida à Terra pela Espiritualidade Superior e organizada por Allan Kardec, no
século 19. Trata de Filosofia, Ciência e Religião, sendo pautada fortemente no
Novo Testamento. Sua base é a crença de que fora da Caridade não há Salvação, e
que o adepto deve se esforçar para vencer suas más tendências e não
simplesmente contar com o Cristo para Salvá-lo. Base Moral.
Umbanda: Religião que surgiu no
Brasil, no início do século 20. Sua definição é a manifestação do Espírito para
a Caridade, sendo pautada fortemente no Novo Testamento e na Doutrina Espírita,
priorizando alegorizas simplórias, mas de profundo senso moral, com integração
da Natureza. Base Moral.
O que apresentamos acima é um
pequeníssimo resumo, mas suficientemente claro, que nos impele à reflexão de
que tipo de religiosos somos. O quão Cristãos somos, já que reconhecemos Jesus
de Nazaré como Modelo e Guia.
E também por procurarmos ser
Cristãos, devemos seguir Seu Evangelho, não no sentido de decorarmos os
versículos bíblicos, mas estudando e praticando Seus Ensinamentos.
Eis algumas das considerações do
Homem de Nazaré: Caridade – Dividir o que se tem (Lucas, 18:24 e 25; 21:2 e 3),
Não julgar (João, 8:7-11; Tiago, 5:11 e 12), Perdoar incontáveis vezes e sem
impor condições (Lucas, 17: 3 e 4), fazer-se o menor dentre os Servos para o
nosso próximo (Marcos, 9: 35; Lucas: 9:48; 22: 26; João, 13: 12-17).
Jesus, adaptou os Dez Mandamentos, da
seguinte forma, como percebemos logo acima. O Nazareno nos orienta a Amar a
Deus e ao Próximo!
Em Marcos (9:41) encontramos a
exortação do Cristo:
“Porquanto, aquele que vos der de
beber um copo de água, em meu Nome, por que sois de Cristo, em verdade vos digo
que de modo algum perderá seu galardão.”
É estéril debater com outro sobre
qual religião é a melhor, se ela não faz seu adepto crescer na direção do
Cristo. Uma religião “cristã” que prega a intolerância, o acúmulo de bens
materiais não é algo que tenha por base Jesus Cristo, por que ele não nos
ensinou isso. E é um total desconhecimento das Escrituras aludir ao Velho
Testamento, que cita violências – massacres – contra os diferentes do “povo
eleito”: julgamento (Êxodo, 18: 16), escravidão (Êxodo, 21:1-11; Números:
31:18), vingança (Números, 31:1-12, Jeremias 36: 3 e 7; 37:31), assassinato de
crianças ( Números, 31: 17), promoção de ódio contra outro povo ( Números, 34:
52).
Deus, afinal, é “homem de guerra”
(Êxodo, 15:3) ou Deus é Amor, conformo nos Ensinou e demonstrou Jesus?
Pensemos!
Jesus, em verdade, Tomou para si a
responsabilidade do Velho Testamento e o revogou, outorgando-nos a Lei do Amor.
“Quando ele diz Nova torna antiquada
a Primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a
desaparecer.”
(Hebreus, 8:13)
Chega de atirar pedras, escravizar,
saquear, tomar, julgar!
Devemos, pois, em urgência
evangelizar a nós mesmos, ou seja, nos desenvolvermos moralmente. Essa sim é a
Quarta Revelação, uma vez que não significa que haverá somente o
Protestantismo, a Igreja Católica, o Espiritismo ou a Umbanda, nem qualquer
outra religião. Não haverá exclusividade para algo criado por seres
imperfeitos. Haverá, sim, os Ensinos do Cristo, independente da designação
religiosa.
“E nisto serão reconhecidos, por se
amarem” “ que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que também vos
ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor uns aos outros.”
(João, 13: 34 e 35)
Nenhum comentário:
Postar um comentário