Autor Thiago D. Trindade
Mais uma vez iremos prosear a
respeito da Parte Terceira do Livro dos Espíritos, que versa oportunamente,
sobre as Leis Morais. Entendemos, em primeiro momento, a Lei Natural como a Lei
de Deus, que nos indica o que fazer ou não. E essa Lei, é eterna e imutável
como o próprio Deus.
Dentro desta instigante temática,
avançaremos sobre a Divisão da Lei Natural, que compreendem as questões 647 e
648.
Na questão 647, Kardec, às voltas
com seu monumental trabalhado, indaga à Espiritualdiade se a Lei de Deus está
dentro dos Ensinamentos de Amor que Jesus, nosso Governador Espiritual, nos
ensinou. Bem, a Espiritualidade indica que sim, afirmando ainda que tal Lei
abrange a todas as circunstâncias da vida. Temos, inclusive regras precisas,
uma vez que estamos longe da perfeição e tendemos a buscar eventuais brechas
que nos saciam o ego primitivo. Felizmente, na Lei Natural não há brecha
alguma.
Isso que dizer, basicamente, que
para abandonarmos nosso estado primitivo temos que seguir a regra moral de
crescimento, que passa obrigatoriamente pelo Cristo. Jesus, em verdade,
torna-se o parâmetro de conduta moral, e seu preceito máximo de Amor ao Próximo
é o mais valioso item que devemos buscar incansavelmente.
Para buscas esse valioso item é
necessário o seguinte: tolerar, compreender, ter paciência, humildade,
perseverança, fé em si mesmo e muita fé no próximo. Devemos ter a certeza que
nosso padrão vibratório deve ser mantido o mais elevado o possível, e somente
atingimos esse nível quando nós permitimos desenvolver as virtudes acima
citadas.
Não é fácil, no entanto, dar a
outra face para bater.
Não é fácil perdoar setenta vezes
sete.
Não é fácil se colocar no lugar
do outro, muitas vezes mais ignorante que você.
Mas é necessário fazer tudo isso!
Ora, se estamos aqui, é por que
buscamos algo. Esse algo, podemos chamar de crescimento evolutivo. Para
crescermos, temos que trabalhar a tal Reforma Íntima. Para Trabalharmos a
Reforma Íntima são fundamentais a Reflexão e Ação.
Para refletirmos, temos que ter
informações.
Para agirmos, temos que ter as
informações processadas em nosso mental.
Lembremos do Espírito de Verdade
que disse: Amai-vos e Intruí-vos!
Podemos começar amando,
verdadeiramente, a nós mesmos e nosso grupo familiar e social. E a instrução
fortalecerá os laços de amor e, de forma muito poderosa, irá nos induzir a amar
toda a Humanidade!
Amar, por acaso, não é a Lei de
Deus?
Alguém poderia considerar: “Ué,
tem gente que anda deturpando os Ensinamentos de Jesus...”
Verdade!
Paulo de Tarso, alerta: “Examinai
tudo e retende o que é bom.”
Ou seja, tudo que vai contra o
respeito, a compreensão, a paciência com o próximo, é contra a Lei de Deus,
ensinada a nós por Jesus de Nazaré.
Chico Xavier, o Apóstolo da
Mediunidade, costuma dizer:
“Cristo não pediu muita coisa.
Não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou que fizessem grandes
sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.”
E outro momento, um hindu chamado
Mohandas ‘Mahathma’ Gandhi disse:
“Um covarde é incapaz de
demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos.”
Passando agora para a questão
648, vemos o cuidadoso Kardec, indagando a respeito da divisão da Lei Natural,
aludindo a dez partes: Adoração, Trabalho, Reprodução, Conservação, Destruição,
Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade e Justiça, Amor e Caridade.
A orientadora Espiritualidade
Superior, citando Moisés, informa que tal divisão é para nos facilitar a
compreensão, como qualquer sistema de classificação. Ou seja, didaticamente,
vamos galgando os degraus do conhecimento sem tropeços. Dessa forma vamos
aprendendo de forma interdisciplinar, se encararmos, do nosso jeito simples,
essas Leis como disciplinas escolares.
Aqui, mais uma vez, registramos
nossos parabéns ao professor Rivail, por se responsabilizar em organizar o
importante Livro dos Espíritos.
É importante ressaltar que a
resposta da Espiritualidade não parou por aí. Enfatizando que a última Lei, a
de Justiça, Amor e Caridade é a mais importante, sendo uma compilação das
demais e a que propõe mais condições de moralização da Humanidade.
Encerramos, com André Luiz, e seu
pensamento está registrado no Livro Agenda Cristã, psicografado pelo muito
amado Chico Xavier:
“É sempre fácil observar o mal e
identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e
o cultivo do bem para que o divino Amor seja glorificado.”
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