Autor Alexandre Giovanelli
A morte de Cristo não é a morte, o fim; mas sim o sinal de que o amor
venceu a morte. A alegria venceu a tristeza. E sempre vencerá. A morte de
Cristo é a mensagem de esperança. Porque Jesus foi além da cruz; ao contrário
do que é dito, Jesus não deu sua vida por nós, simplesmente. Jesus dá e dará a
sua vida por nós, hoje e sempre. Assim ele está vivo em espírito e através de
seus ensinamentos. Suas palavras e exemplos estão a disposição de todos aqueles
que se dispuserem a abrir seus corações e tiverem a coragem de mudar; porque
aceitar Cristo é aceitar seguir o caminho mostrado por ele; é deixar a ilusão
do mundo material e perseguir a verdade do mundo espiritual. Por isso o Mestre
disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Nos últimos momentos, antes de sua
condenação, Jesus ao dividir o pão e o vinho com seus discípulos, deu uma nova
dimensão àquele momento informando que aquilo era sua carne e seu sangue e
deveriam tomar parte daquela ceia tendo em mente o simbolismo do momento. A
mensagem de Jesus é clara: o exemplo e o ensinamento de Cristo devem fazer
parte de nós, de nossos atos, pensamentos, sentimentos. Devem ser parte
constituinte de nosso ser, de nossa alma. Devem permear nossos atos mais
simples, no cotidiano. Devemos fazer de Cristo nosso alimento espiritual. A sua
essência deve ser nossa essência. Para que não estejamos separados de Cristo e
só em alguns momentos nos reportemos a ele; mas ao tomarmos seu sangue e sua
carne, que nós aceitemos seus ensinamentos e os transformemos em parte
indissociável de nossas vidas. Como Paulo disse: “Agora já não sou eu quem
vivo, mas Cristo que vive em mim”.
Portanto, irmãos, pensem na Paixão de Cristo não como a morte ou fim de
algo. Não como um momento de dor e tristeza, mas sim como um momento de
transformação. De vitória da matéria sobre o espírito, do amor sobre o ódio. Da
alegria sobre a tristeza.
Da mesma forma, em nossas vidas passamos por tribulações, sofrimentos,
dor de perdas. São momentos de transformação. De aprendizado. Encaremos como
uma fase importante que vai passar. Tudo isso passará. Mas que, afinal,
nos deixará um legado de amadurecimento, de cura a uma ferida espiritual. É que
após a dor vem o alívio. Depois da tempestade vem a bonança.
Lembremos de exemplos como São Francisco de Assis que deixou todos os
seus bens materiais para uma vida de pobreza, de necessidades. Sentiu as dores
do mundo, adoeceu, sofreu incompreensões, foi segregado por seus próprios
pares. Mas em todos os momentos cantava e louvava a Deus com uma alegria sem
precedentes; via em tudo e em todos a mão de Deus. Cantava para as estrelas, o
sol, a lua, os animaizinhos. Louvava toda a criação e em tudo dava graças a
Deus.
Portanto, irmãos, a cruz que carregamos é o que irá nos regenerar e que
tem o potencial de nos elevar em pensamentos e sentimentos. Deixemos que morra
na cruz a nossa vaidade, ódio, luxúria, inveja, cobiça, egoísmo. E
ressuscitemos com nossas almas lavadas, mais puras, com menos vícios. Isso é
uma alegria.
Jesus não morreu. Ele reviveu e vive ainda, ensinando e curando. Tomemos
do seu pão e do seu vinho para que nos rejubilemos no Senhor em todos os dias
de nossas vidas.
excelente! Parabéns ao autor! Que Jesus o abençõe!! Patrícia
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