segunda-feira, 18 de abril de 2016

Afazeres





 Autor Thiago D. Trindade


Jesus estava em Betânia em seu magistério de Amor. Na casa das irmãs Marta e Maria, o Mestre proferia grandes ensinamentos que enlevariam toda a Humanidade. Enquanto Maria absorvia as doces palavras de Jesus, Marta caminhava de um lado a outro, em afazeres domésticos.

Em dado momento, Jesus cessou suas palavras e se volta para a jovial Marta: “Marta! Marta!”. O Nazareno exortou a irmã de Maria com um misto de firmeza e doçura, alertando a moça da oportunidade de aprendizado que ela estava deixando passar.

Marta, imediatamente, compreendeu a intenção do Rabi e sentou-se ao lado de sua irmã, absorvendo ensinamentos inesquecíveis.

Essa passagem representa muito bem o cotidiano atual. Temos os ensinamentos do Cristo, mas preocupamo-nos com nossos afazeres corriqueiros acreditando que dessa forma cresceremos. Em verdade, temos que saber aproveitar os momentos tomando as situações do dia a dia com nossa atenção e impregnando-as com os ensinamentos de Jesus de Nazaré.

Isso é possível e esperado. Daí a César o que é de César, mas com Jesus no coração e nos atos.

Muitos se lembram da caridade quando estão na casa religiosa, mas esquecem-se de que devem ser cristãos na vida profissional e privada. A todo momento, o Cristo nos chama com firmeza e doçura, nos convidando ao aprendizado e ao serviço fraterno.

Muitos argumentam, nosso posso ajudar, é um compromisso grande. Mas a ajuda é a todo momento, começando com o próprio indivíduo orando e vigiando para não tropeçar ante a queda moral. Como Marta, temos o Cristo em nossa sala, mas preferimos ficar na cozinha, nosso pequeno reino. Achamos que o Cristo deve vir até nós, em muitos momentos. E Jesus sempre vai onde estamos, pois é conhecedor de nosso ego. Mas também temos a obrigação de ir até ele, mesmo que imersos em nossos afazeres mundanos.

O convite a sentar ao lado do Mestre já foi dado. É hora, pois, de trabalharmos com Jesus para nosso próprio crescimento e evolução do planeta.


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Conquistas



Autor Thiago D. Trindade




Estabelecemos conquistas para viver. Planejamos o sucesso profissional, social e familiar. Isso na melhor das hipóteses, já que tem gente que planeja conquistar – esmagando de várias formas – aquele a quem julga adversário.

Traçamos um plano de conquista material. Pensamos em ter uma existência, na Terra, cheia de vitórias efêmeras. Poucos se lembram, de fato, do porvir na Pátria Espiritual e quando alguém denota essa verdade inexorável, são tachados de retrógrados, carolas, cegos, escravos da religião, etc.

A conquista verdadeira, conforme podemos encontrar no capítulo 17 do Evangelho Segundo o Espiritismo, está em vencer as más tendências, que podem ser sintetizadas numa palavrinha simples: orgulho.

Rancor, inveja, preconceito, ganância, luxúria, cobiça, avareza, vingança, intolerância são alguns sinônimos para a grande oportunidade evolutiva que se chama orgulho.

E porque não nos preocupamos com a conquista verdadeira?

Dá trabalho?

É, pode dar trabalho.

Preguiça também é um triste sinônimo para orgulho, pois deixamos para lá aquilo que nos melhora, a fim de que não conheçamos o novo: o Progresso. O preguiçoso, por orgulho, prefere ficar empacado como um asno, e pastar indolentemente no campo da existência.

A Conquista Definitiva é traçada meticulosamente, fundamentada pela Reflexão, Humildade e Fé e deve ser buscada passo a passo. A Verdadeira Conquista é lenta mesmo.

A Sabedoria Divina é tão imensuravelmente magnânima e linda que não nos exige pressa.

Exige Compromisso e Vontade de querer mudar.

Nem todos nós fomos tocados, ainda, por essas duas características. Cabe-nos, porém, é criar condições para que num futuro próximo nossos companheiros mudem sua mentalidade. E assim esbocem os primeiros movimentos que os levarão a Conquista Definitiva. 

Tracemos, pois nossa meta em vencer nossas más tendências. Em seguida, coloquemos a “mão na massa” sem deixar de esquecer aqueles que ainda não foram despertos.

Como faremos?

É sorrindo, compreendendo, transmitindo conhecimento. Assim os ajudaremos, e a nós mesmos, pavimentando nosso caminho em direção a Deus.