terça-feira, 28 de abril de 2015

Solidão



Autor Thiago D. Trindade



É muito comum ouvirmos pessoas, de estilos de vida diferentes, que se sentem sós. Ouvimos o lamento, que, aliás, costuma ser proferido por nós mesmos de que ninguém nos ama, ninguém nos quer, ninguém nos chama de meu amor...

Claro que a pessoa, supostamente solitária, não considera que seu confidente está ali a lhe fazer companhia.

Mas o que será solidão? Entendemos realmente esse conceito? Somos solitários?

Nós, seres humanos, somos criaturas gregárias por natureza, como muitos outros filhos de Deus. Não é somente para a reprodução que buscamos a companhia de nosso semelhante. Juntos prosperamos ao longo das Eras do Tempo e, como sociedade, chegamos onde estamos.

Em termos espirituais, o grupo nos impele, por meio de desafios morais, a progressão na direção do Criador.

Ocorre, porém, nos últimos anos, uma deturpação do conceito de sociedade, que afeta diretamente quem somos. Uma sentença que iremos destrinchar melhor no próximo parágrafo.

Em nossa comunidade planetária de bilhões de humanos encarnados, cada vez mais as pessoas se sentem sem ninguém, mesmo convivendo diariamente com pessoas a esbarrar-lhes, disputando um metro cúbico de ar.

Como pode isso?

Como, numa multidão a seguir numa mesma direção, um indivíduo não poder precisar como é a pessoa que está ao seu lado?

Esse tipo de coisa acontece numa intensidade cada vez maior. As pessoas estão, nesse mundo de maravilhas tecnológicas e permissividade geral (que chamam de “modernidade”), se distanciando uma das outras e, pior, de si mesmo. Dessa forma tornam-se incapazes de perceber quem está ao lado.

Em prol do chamado comodismo deixamos de nos incomodar com a penúria de nosso vizinho, e nos entregamos às desventuras das telenovelas, que tratam de famílias desajustadas e amorais, criando uma expectativa de sucesso para elas. Comerciais de televisão que nos estimulam os sentidos para atos menos dignos e, ante nossas impossibilidades físicas, mentais e monetárias, sentimo-nos mal ante aquele que possui as efêmeras e falsas virtudes. Eis as razões da solidão.

A inveja, ganância, luxúria e outros sentimentos menos dignos criam o vazio que definimos por solidão, que nos cega, ensurdece e nos livra de todas as sensações exceto a dor da alma.

Solitários são perdedores irremediáveis, alguém tolamente poderia concluir.

Não!

Solitários estão em recuperação como nós, os “gregários”.

Cabe ao solitário, acima de tudo, aprender a se amar. A deixar de ser egoísta! Isso mesmo: egoísta. Egoísta por privar o mundo de sua participação na Grande Obra. O solitário, ele acredita, está à margem da sociedade, mas na verdade está no meio dela. Uma vez que o solitário se reconheça em recuperação e ciente da besteira de privar o planeta de sua participação tem a obrigação de doar-se.

Como doar-se: contemplar a Natureza, sabendo agradecer a Deus pela oportunidade de desfrutá-la; sorrir mais para si e para o próximo; cumprimentar (aliás, um fantástico remédio para distribuir a santa Empatia) aquelas pessoas com quem cruza nas ruas; procurar contribuir para as melhorias na sua vizinhança; orar por aqueles que estejam atravessando por dificuldades (lembrando a nobre máxima de Francisco de Assis: “é dando que se recebe”); é esperar pelo silêncio quando se estende a mão fraterna; não estimular o degredo dos sentidos; absorver o máximo possível de tudo que é edificante para o espírito; entender que a Caridade é uma nobre forma de Amor que ainda não é devidamente compreendida, mas que deve ser praticada ao máximo, sobretudo o Perdão.

A pessoa que se diz solitária precisa entender que acima de tudo há Deus, que a ninguém desampara. Sem falar nos Amigos Espirituais sempre dispostos a nos ajudar. Infelizmente nós, muitas vezes, optamos por não aceitar o auxílio e nos aproximamos do precipício.

Isso tudo nos leva a certeza absoluta de que nós não somos solitários, mas nos colocamos como solitários e que essa aflição pode ser solucionada de acordo com nossa própria vontade: lembremos Marcos (6:45) que diz que os pescadores remavam contra o vento a fim de se aproximarem de Jesus, que orava no monte do outro lado do grande Lago. Grande era o esforço desses homens, pois os ventos eram fortes. Jesus, vendo o esforço dos discípulos, caminhou sobre o Mar da Galiléia e foi ter com eles. Os pescadores, conheciam a incalculável bondade do Mestre podiam ter ficado onde estavam, aguardado-O.

Mas não!

Fizeram a parte deles. Façamos como os pescadores, façamos a nossa parte que Jesus e seus Auxiliares farão a deles.






sexta-feira, 24 de abril de 2015

Uma Heroína chama Irena Sendler

Crédito integral do texto: http://www.forumavarzim.org.pt/conteudo/%C2%ABholocausto%C2%BB-irena-sendler

“ NAO SE PLANTAM SEMENTES de COMIDA.
PLANTAM-SE SEMENTES de BONDADE.
TRATEM de FAZER UM CIRCULO de BONDADE,
ESTE O RODEARÁ e FARÁ CRESCER MAIS e MAIS. ”
Irena Sendler
O pai, um médico que faleceu de tifo quando ela ainda era pequena, fez-lhe memorizar o seguinte: “AJUDE SEMPRE A QUEM SE ESTIVER A AFOGAR, SEM LEVAR em CONTA a SUA RELIGIAO ou NACIONALIDADE. AJUDAR CADA DIA ALGUEM, TEM de SER UMA NECESSIDADE QUE SAIA do CORACAO.”
Morreu Irena Sendler, a polaca que salvou 2.500 crianças judias
VARSÓVIA – 13 Maio 2008 — Uma das grandes heroínas polacas da Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler, que salvou 2.500 crianças judias do gueto de Varsóvia, morreu aos 98 anos.
Heroína desconhecida fora da Polónia e apenas reconhecida no seu país por poucos historiadores, devido ao obscurantismo comunista que havia apagado a sua façanha dos livros de história oficiais, Irena nunca contou a ninguém sobre sua vida durante aqueles anos.Em 1999 a história começou a ser conhecida graças a um grupo de alunos de Kansas, através de um trabalho de conclusão de curso, sobre os Heróis do Holocausto. Na pesquisa encontraram poucas referências sobre IRENA mas com um dado surpreendente: salvou 2.500 vidas.
Como era possível não existir informação sobre uma pessoa assim? Mas a maior surpresa viria depois. Ao procurarem o túmulo de IRENA descobriram que este não existia, porque ela estava viva.
IRENA vivia efectivamente há anos, numa cadeira de rodas, em resultado das lesões produzidas pelas torturas infligidas pela Gestapo. Ela não se considerava uma heroína e jamais reivindicou crédito pelas suas acções: “Poderia ter feito mais”, dizia e completava: “Este lamento acompanhar-me-à até o dia de minha morte!”. Aos 97 anos residia num asilo, em Varsóvia, num quarto cercado de flores e cartões de agradecimento de sobreviventes, e de filhos destes, em sua honra.
O REENCONTRO…
Anos mais tarde, quando a sua história saiu num jornal com sua foto antiga, diversas pessoas entraram em contacto: “Lembro-me de seu rosto...”  “Sou um daqueles meninos, que lhe devo a minha vida, o meu futuro, e gostaria de vê-la!                
Eis a história da sua acção:
Quando a Alemanha invadiu a Polónia em 1939, Irena era enfermeira no Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia, onde cuidava das refeições comunitárias. Desde o Outono de 1940, Irena Sendler assumiu riscos consideráveis para levar alimentos, roupas e remédios aos habitantes do gueto que os ocupantes nazis instalaram num quarteirão da capital. Em 4 km2, colocaram 500.000 pessoas.
Ao assisti-los, no Gueto de Varsóvia Irena, ficou horrorizada pelas condições de vida impostas aos seus moradores. Devido à falta de comida, muitos morreram de fome ou em decorrência de doenças.  Os outros ainda foram mandados para as câmaras de gás do campo de Treblinka.
No fim do Verão de 1942, ELA resolveu unir-se ao movimento de resistência Zegota (Conselho de Ajuda aos Judeus) criado por um grupo de resistência heróica antes de o exército nazi destruir completamente o quarteirão. Como os alemães receavam uma epidemia de tifo aceitavam a ajuda dos polacos para controlar a situação e deixavam-nos tomar conta do local. Irena contactava com as famílias oferecendo ajuda para levar filhos e netos com ela para fora do Gueto de Varsóvia.
Um dos momentos mais dolorosos de sua experiência; era obter a confiança dos pais e convencê-los a entregar-lhe seus filhos. Estes indagavam sempre: “Pode prometer que meu filho viverá?.....  E a única coisa que poderia dar como certa era a de que morreriam se permanecessem ali. O mais duro era o momento da separação.
Começou a tirá-los em ambulâncias como vítimas de tifo, e valia-se de todos os meios e de tudo o que estivesse ao seu alcance para os esconder e tira-los dali: cestas de lixo, sacos de batatas, malas, etc. Nas suas mãos, qualquer coisa se transformava numa via de escape. Conseguiu recrutar pelo menos uma pessoa de cada um dos dez centros do Departamento de Bem-estar Social. Com a ajuda dessas pessoas montou centros de documentação falsa, com assinaturas falsificadas, dando identidades temporárias às crianças judias. IRENE vivia os tempos de guerra pensando nos tempos da paz!
Era incansável. Queria que eles um dia pudessem recuperar os seus nomes verdadeiros, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Foi então que inventou um arquivo onde registava os nomes dos meninos com suas novas identidades. Anotava os dados em pedaços de papel que enterrava, dentro de potes de conserva, debaixo de uma macieira, no jardim do seu vizinho.
Algumas vezes, quando Irena e suas companheiras se dirigiam a estas famílias a fim de as persuadir a lhes entregarem os filhos, era informada que todos haviam já sido levados para os campos de extermínio. Cada vez que isso ocorria, ela lutava com mais força para as salvar. Quando caminhava pelas ruas do gueto, Sendler usava uma braçadeira com a Estrela de David, em solidariedade para com os judeus, e afim de não chamar a atenção.
Um dia os nazis acabaram por descobrir as suas actividades e levaram-na para a prisão. Quebraram-lhe os pés e as pernas, além de inúmeras torturas. Queriam que dissesse quem eram os seus colaboradores e os nomes das crianças que ajudara a salvar. Por não revelar absolutamente nada, em total silêncio, foi sentenciada à morte.
Irena era a única pessoa que sabia os nomes e onde se encontravam as famílias que abrigaram as crianças judias. A caminho de sua execução, o soldado que a levava deixou-a escapar. Embora oficialmente ela constasse nas listas dos executados, ela continuava viva, pois a resistência havia subornado o soldado, salvando a vida de Irena.
Mais tarde, ela mesma desenterraria os vidros com as anotações e tentaria unir os 2 500 meninos que colocara em famílias adoptivas, devolvendo-os às suas verdadeiras famílias. Infelizmente, a maioria tinha perdido seus pais e irmãos.
Saber mais sobre Irena Sendler
Quando tudo parece ruir, é preciso resistir agindo!
FAV - nov. 2013




Igualdade



autor Thiago D. Trindade




A lucidez do professor Allan Kardec, foi realmente impressionante. Incumbido de organizar, na Terra, a Doutrina dos Espíritos, determinada por Jesus, o Codificador se viu às voltas com uma série de questionamentos morais e científicos, que gradualmente foram elucidados por nobres Espíritos, como Fénelon, Santo Agostinho, São Luis e outros valorosos irmãos espirituais. Dessa forma, chegamos a Codificação Espírita, cujos pilares são o Evangelho Segundo o Espiritismo, Livro dos Médiuns, Livro dos Espíritos, Gênese e Céu e Inferno. Há outros, é verdade, mas esses são a base da Doutrina, o início do desvendar do véu.

Mas, por que dissertar, ainda que muito brevemente, sobre fundamentos do Espiritismo? Simples. A resposta é a igualdade de todos perante à Criação. Igualdade perante a Lei do Progresso, a Lei da Ação e Reação, em suma, a Lei do Amor.

Kardec, muito preocupado com a posição da Humanidade, com seus dramas e alegrias, no capítulo 10, da terceira parte, na questão 803, pergunta se perante Deus os homens são iguais. A resposta, claro, é positiva e a Espiritualidade ainda cita uma frase muito comum a nossos ouvidos: “O sol brilha para todos”.

O sábio lionês observa que todos nós estamos sujeitos às mesmas Leis da Natureza. Ou seja, ninguém é privilegiado. Nem mesmo Jesus, que foi criado simples e ignorante há incalculáveis anos, e hoje é o Governador Espiritual da Terra.

E falando no mestre, há mais de 2 mil anos, Jesus alardeava que éramos todos iguais. E iguais a Ele. Vejamos:

Quando Maria, sua mãe, e seus irmãos, procuraram por Jesus em Betânia, o Carpinteiro estava em pleno serviço fraterno. E Jesus respondeu a seus discípulos que o alertaram da chegada da bondosa mulher: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?!”
Sem dúvida, essa frase fora dita pelo Mestre com energia, e o choque que seus discípulos sentiram certamente os fez pensar sobre a verdadeira família, aos olhos de Deus.

E outras frases Jesus disse, todas profundas verdades que repetimos, mas não praticamos como devemos. Ei-las:

“Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem.”
“Amar o próximo como a ti mesmo.”

Mas o que essas duas frases, que estão aí em cima, tem a ver com a igualdade preconizada por Kardec?

A verdade é que estamos todos no mesmo barco. Na grande família universal, temos a obrigação de compreender as imperfeições dos outros, sem esperar que compreendam nossas próprias imperfeições. E se o irmão não quiser compreender nossas imperfeições? A resposta esta com Jesus:
“Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem.”

Voltemos, agora, à resposta obtida por Kardec, lá na questão 803, onde faz referência ao sol brilhar para todos. O sol, grandioso astro, derrama sua luz para todo o mundo de forma igual. Falando em termos espirituais, Jesus é o nosso sol moral. A luz que ilumina o Caminho, que nos leva à Verdade, que nos direciona a Vida.

O problema é que alguns de nós usam o livre arbítrio para nublar o sol do Cristo que há dentro de cada um de nós. Escondem o sol do Cristo com rancor, inveja, cobiça e vingança. E se não há sol, como as flores da virtude irão crescer dentro de nós? Como, sem  Cristo, seremos felizes?

Se na soprarmos ventos de fraternidade, de perdão, de fé  esperança, como deixaremos nossas dores para trás?

Entendamos isso, de nada nos vale conhecer todas as vírgulas da Codificação Espírita, os livros do Evangelho se nós não arregaçarmos as mangas e trabalharmos em prol do nosso próprio desenvolvimento.

Vídeo - Prece com pressa



Importante vídeo!



Publicado em 27 de mar de 2015
Sabe quando chega a hora de fazer uma PRECE mas você tá é com PRESSA? Quem nunca?!
"A prece é sempre agradável a Deus quando ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para ele. A prece do coração é preferível à que podes ler, por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com o pensamento. A prece é agradável a Deus quando é proferida com fé, com fervor e sinceridade." Pergunta 658 do Livro dos Espíritos.
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Erros de Gravação: https://youtu.be/Ub5JyGWkl0I

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Vídeo - Obsessor



Excelente vídeo, que deve ser muito refletido!!!!!!



 Desenvolvido pelo Canal Amigos da LUZ
Publicado em 10 de abr de 2015
Quem pode lhe fazer mais mal, um obsessor ou você mesmo? Sem dúvida a obsessão é um transtorno real e penoso pros espíritos envolvidos, mas será que na maioria das vezes não somos nós mesmos a nos causar os maiores problemas, usando mal nosso próprio livre-arbítrio?




terça-feira, 21 de abril de 2015

Rápido e rasteiro







“Não procure culpados. Procure evoluir.”
Espírito Joaquim

Convivência e Família



autor Thiago D. Trindade



Família, instituição sagrada, é o maior símbolo do amor de Deus. É através desse grupamento, que une não só laços materiais – por isso transitórios – e também espirituais, que nós encontramos nossas maiores provas que nos levam à perfeição. Conviver em família é exercitar diariamente a tolerância, o perdão e o compartilhamento do carinho. Se todos nós fazemos parte da mesma família planetária, deveríamos não discriminar ninguém, o que, infelizmente, acontece, rejeitando os ensinos do Cristo.

- Se não é da mesma cor, afaste-se.
- Se é de outra classe econômica, afaste-se.
- Se é de outro credo religioso, afaste-se.
- Se é um notório pecador, afaste-se.

Esses quatro itens são apenas alguns exemplos de como nós segregamos nossos próprios familiares, sem percebermos que somos tão ou mais imperfeitos. Graças ao Amor imensurável do Pai Maior, há irmãos nossos, e o maior deles é Jesus, que vêm ao nosso encontro para nos ajudar a caminhar na direção da União Sublime dos Filhos de Deus. Esses irmãos mais adiantados, guias encarnados ou não, nos ensinam com a bondade que somente os mais sábios sabem dividir com seus pupilos renitentes no erro.

- A doçura irrefreável de uma mãe.
- A fraternidade inconcebível de um amigo verdadeiro.
- A paciência de um ancião ante a tempestuosidade de uma criança.
- A humildade do verdadeiro cristão em levar o pão da alma a aqueles imersos no erro.

Família. Alicerce da Humanidade para sua elevação. Resgates, testemunhos de amor. Abracemos essa verdade e abraçaremos o Cristo.