sábado, 21 de setembro de 2013

Problemas



Problemas
Autor Thiago D. Trindade
 
Muitos maldizem seus problemas. Acusam a terceiros e ao próprio Deus por suas desventuras. Incisivos, se revoltam antes suas limitações autoimpostas.

A Justiça Divina é equânime, ou seja, é tão bem fundamentada que não institui privilégios a ninguém. Somos, portanto, a soma de nossos atos, bons e ruins.

Essa tal soma se alonga pelos séculos sem fim, atravessando as encarnações. Kardec, ao trazer ao mundo – por orientação dos Espíritos de luz – a Doutrina Espírita, deixa muito claro isso.

Na própria Bíblia, Jesus afirma que ficaremos aqui neste velho mundo até que paguemos todos os nossos débitos até o último centavo.

Sejamos, porém otimistas. Aliás, o otimismo é um feliz sinônimo para Esperança e Fé.

É bom que tenhamos problemas, pela lógica kardequiana. São eles que nos põe em nosso devido lugar: a de pequenos seres imperfeitos perante a Obra de Deus.

São os problemas o catalisador de nossa transformação na busca pela Perfeição. Afinal, se você não tem problemas, como por à prova nossa formação moral? Que evolução é essa?

Na Biologia, Charles Darwin concluiu que são as intempéries – desafios – que selecionam os que mais se adaptam – evoluem – para continuar no mundo.

Conosco é muito parecido, mas enfrentamos nossas intempéries para alcançarmos a Verdadeira Felicidade. Amigos espirituais dizer costumam que as dificuldades nos deixam mais fortes, ratificando Jesus, Kardec e Darwin. Quando falhamos e caímos por terra, regressamos ao mesmo ponto e temos nova oportunidade.

Saibamos, contudo, que nosso planeta está em transição para mudar seu status para mundo de Regeneração e muitos dos que se demoram a vencer suas más tendências, ou seja, enfrentar seus problemas, terão de continuar sua Jornada em outro lugar em condições, talvez, mais ásperas.

Temos plena condição de enfrentarmos nossos problemas: a Doutrina Espírita que nos dá instrução e nos induz a fundamental Reflexão e o amparo de nossos irmãos encarnados e desencarnados.

Para o nosso sucesso dependerá, sobretudo, de nós mesmos.

domingo, 8 de setembro de 2013

Liderança



Liderança
 Autor: Thiago D. Trindade

Todo mundo gosta de mandar, ser chefe de alguém. Pouco importa em quê, desde que tenha auxiliares (servos, na concepção íntima) que o idolatrem e sigam suas ordens. No entanto, ninguém quer ter um chefe!

O ato de servir é um gesto de grandeza, conforme Jesus afirmou a Tiago e João (Marcos, 10: 43-45). A pessoa, seja na matéria, seja em termos espirituais, almeja (ou deveria) um futuro melhor onde seu mérito é de fato honrado mediante seu esforço. Cada um tem exatamente o que merece e os ensinos do Cristo exaltam esse conceito, sobretudo quando suas palavras se voltaram diretamente para aqueles que se sentiam humilhados (Mateus, 18: 1-5).

Na Grande Caminhada que travamos rumo à Perfeição, onde está a Verdadeira Felicidade, voltamos inúmeras vezes à carne nas mais variadas posições sociais. Servos e chefes na matéria. Essas variações são justamente para o burilamento de nossos espíritos.

Mas ser chefe e ser líder podem ser considerados a mesma coisa? Podemos entender o chefe como algo da matéria, um título dado, imposto ou conquistado por vários meios como força ou mérito.

O líder é alguém, geralmente, destituído de título de chefe, que se sobressai naturalmente dentre seu grupo social. O líder é cativante e seu magnetismo atraente é a liga que faz funcionar o grupo.

Só basta para o líder ser cativante?
Não!

O líder, acima de tudo, põe seu próprio desejo abaixo dos demais.

O líder sabe escutar mais do que fala, bem como ser paciente para esperar pelos companheiros e ser praticante do gesto sublime de Amor, que é o Perdão, para o grupo poder triunfar na Grande Vitória.

Cabe ao líder chegar primeiro aos campos de trabalho e ser o último a se retirar, sem deixar que um dos seus trabalhe mais do que outro.

A Serenidade e a Reflexão caminham com o líder para que as agruras não o derrubem, nem a seus companheiros na Estrada.

As palavras são sempre doces para não ferir o ego daqueles que precisam do bálsamo do Esclarecimento.

Em fim, ser líder é uma missão árdua e muito pouco compreendida. Qualquer um, na verdade, pode ser líder; mas o líder não é qualquer um.

A fortaleza de um líder não é física, mas moral e a luz dos seus olhos é o reflexo de sua alma sedenta por mais luz que só se satisfará quando todos do seu grupo brilhar tanto quanto ele.

Jesus é o maior exemplo de líder e, vigilante, está junto de nós a incentivar-nos em nossa Grande Jornada.