sexta-feira, 26 de julho de 2013

Analisando a Mensagem



Analisando a Mensagem

Ao criticar um espírito que não se apresenta como um doutor, branco e bonitão, com um discurso escorreito, faça como Allan Kardec: analise cuidadosamente a mensagem do tal espírito, e, em seguida reflita sobre ela. O que vale é o conteúdo e não o frasco! Muitos têm sido enganados por “belos doutores de fala eloqüente – e VAZIA”.

Caminhadas



Caminhadas

Sempre estamos indo a algum lugar. Ao trabalho, ao colégio, à nossa casa religiosa, etc. Vamos também a algum lugar em nosso íntimo. Nossas reflexões, nossos pensamentos, ou melhor, nossa potência mental nos leva a lugares de luz; mas também a lugares de tenebrosos.

Não adianta nada tomarmos o caminho da casa religiosa com pés materiais indo a passos largos, se a mente corre no sentido oposto.

Para Deus conta as verdadeiras ações feitas na matéria que são realizadas de forma sincera, ou seja, de corpo e alma.

Pensemos, pois, em fazer as coisas direito. É difícil ir contra o senso comum, o agradar ao grupo a qual pertencemos. Porém é importante ressaltar que o cristão traz o evangelho dentro de si e não o carrega sobre o andor das convenções sociais.

Quantos poderiam alardear sua fé ao mundo material com poderosas caixas de som, mas que preferiram se valer das suas ações para honrar os ensinos do Cristo? Não foi o Rabi dos Humildes quem nos ensinou a caminhar na Estrada do Progresso valendo-se de alegorias do cotidiano como foi a parábola do semeador (Mateus, 13:1-9)? Jesus não separava publicanos, fariseus, plebeus humildes, nem mesmo os romanos quando estes precisavam ouvir o bálsamo do Esclarecimento.

Jesus não procurou as sinagogas para ensinar, mas sim procurou as estradas, vilas e campos. O Divino Amigo sequer usava vestes sacerdotais, mas trajes poeirentos e simples como ele próprio. O Cristo de Deus nos incentivou a caminhar na direção ao Pai de corpo e alma, pois só assim poderemos percorrer a pedregosa estrada rumo à perfeição.

O verdadeiro Cristão, independente do nome de sua religião, caminha com a luz da Fé fundida à racionalidade na fronte e seus punhos nunca estão cerrados contra aqueles que possuem olhar diferente do dele.

O verdadeiro Cristão trabalha onde é necessário, agradecendo sempre pela oportunidade de amealhar condições para sua própria elevação, sem nunca, porém, deixar uma centelha radiante de esperança no coração daqueles com quem cruza pelas caminhadas da Vida.

A diversidade Religiosa Brasileira: Terecô e Xambá, cultos de cunho mediúnico


É muito interessante perceber que a Espiritualidade se preocupa em acalentar, orientar os encarnados para uma estrutura social em que haja reconhecimento de uma Força Superior e valorização do Grupo de caminheiros na Terra. Não entramos em méritos, até porque não é produtivo julgamentos superficiais. Esse não é o objetivo deste espaço, mas apenas contemplar a Bondade Divina em observar que nossos irmãos, assim como nós mesmos, temos acesso Instrução Espiritual. 

Assisti um programa (Discovery channel) chamado Na Fé Com Arthur Verissimo, sobre uma Religião Brasileira chamada Terecô. É um culto muito difundido no Maranhão, sobretudo na cidade de Codó. O programa, brasileiro, pareceu-me bem sério, sem clichês e o próprio apresentador, Arthur Verissímo, se preocupou em descrever o culto, suas impressões e fez analogias comparativas (para compreensão do expectador) com o Candomblé e a Umbanda. Curioso, busquei algo sobre o Terecô, e acabei por encontrar um outro Culto de cunho mediúnico, chamado Xambá, também do eixo Norte-Nordeste.
 
abaixo segue alguns link para arquivos em PDF, artigos de pesquisa, que possuem referências necessárias para o reconhecimento de um trabalho sério. 

Terecô
 
http://www.gpmina.ufma.br/pastas/doc/Tereco.pdf
 
http://www.abhr.org.br/wp-content/uploads/2008/12/araujo-paulo.pdf
 
http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/resources/anais/3/1308017041_ARQUIVO_Oterecoenquantobrincadeira2.pdf
 
Xambá
http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/viewFile/395/206
 
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/9113/2/laila%2520dissertacao%2520parte%25202%2520seg.pdf
 
 
 
 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sobriedade



Sobriedade
autor Thiago Dias Trindade
 
Quando pensamos no termo “sobriedade”, nos remetemos logo ao hábito de ingerir bebida alcoólica ou outro entorpecente dos sentidos. Na verdade, sobriedade significa equilíbrio, sobretudo quando se refere a caráter emocional.

Paulo, quando em Tessalônica, faz alusão a sobriedade do Homem como base para seu Renascimento, que deve se revestir de uma couraça composta por Fé e Caridade, além do capacete de Esperança (Tessalonicenses 1, 5:8).

O equilíbrio interno é fundamental para aquele que busca a Reforma Íntima, ou seja, aquele que propõe a Caminhar na Estrada para a Perfeição.

Para o sofredor sair de seu doloroso estado, não precisa, necessáriamente de uma conhecimento sólido sobre o que precisa fazer. Deve equilibrar-se para poder meditar sobre seus passos vindouros.

Às vezes é preciso uma ajuda externa – a Caridade – mas é fundamental que a pessoa entenda que antes de tudo é necessário equilíbrio interior.

Passo a passo, com prudência e sem levar-se pelo entusiasmo, devemos meditar sobre o Plano Diretor que nos levará à Verdadeira Bonança.

Sobriedade requer esforço para resistir às tentações, e mais, aos fracassos.

Sobriedade é saber Perseverar, sobretudo, no seu padrão mental.

As palavras: Paciência, Humildade, Perseverança e Fé são “cimentadas” pelo Equilíbrio Mental e sem esse fator, podem acreditar, fica muito difícil sair do lugar sombrio em que nos encontramos.

Dissociar o Equilíbrio Mental, também conhecido como Padrão Vibratório, da Reforma Íntima é contra senso.

Paciência sem Equilíbrio Mental é impossível.
Humildade sem Equilíbrio Mental é impossível.
Perseverança sem Equilíbrio Mental é impossível.
Fé sem Equilíbrio Mental é impossível.

Um adendo a respeito da Fé:
Vemos pessoas desequilibradas, que são facilmente manipuladas, que são reconhecidas como “pessoas de fé” serem, na verdade, designadas como desequilibradas emocionalmente. Essas pessoas são denominadas, acertadamente, como fanáticas e não tem nada a ver com o real significado da Fé, que é calma, raciocinada, luminosa, ou seja, mentalmente equilibrada.

E voltando:
Na verdade, poucas pessoas podem afirmar que são sóbrias, e quem o é não alardeia por aí. Simplesmente se apresentam através de sua conduta Paciente, Humilde, Perseverante e cheia de Fé.

O verdadeiro sóbrio não se priva do mundo e de seus tons de cinza, mas se atém à moderação no rir, no falar, no ouvir, no pensar, no sentir.

Sem mordiscar a intoxicante imoralidade.
Sem ingerir o destilado do excesso fanático.
Sem o opiáceo do descaso.
Sem o brilho encantador dos prazeres desregrados.

Hoje em dia vemos alguns líderes religiosos afirmarem, aos gritos, que Jesus não bebia vinho. Que na transmutação da água em vinho, Ele bebeu suco de uva.

Para quê levantarem essa polêmica, ao invés de buscarem se aprofundar nos Ensinos Dele?

Mas, vamos lá.
Vinho é suco de uva fermentado!
Mesmo suco de uva contém um mínimo de teor alcoólico, após algum tempo de guardado.

E onde há, na Bíblia, a citação que Jesus bebeu suco de uva?

O vinho era muito mais fácil de conservar na pobre Palestina. Só os muito ricos possuíam câmaras frias para conservar os alimentos, dentre eles o tal suco e evitar que ele fermentasse transformando-se em vinho.

Há quem diga que Jesus não ia à festas, em total desconhecimento dos Registros.

A vida de Jesus não era insossa! Certamente, como nós, o Mestre devia apreciar uma bela conversa, ouvir com gosto uma melodia, e até mesmo cantar as belezas da vida! Como alguém ousa apregoar que a vida do Carpinteiro era um tom monocórdio?

Contra senso brutal.

É possível imaginar o Excelso Amigo abraçando as criancinhas que se agarravam em suas pernas com carranca de enfado? Ou que ele, sem qualquer traço emocional passasse pelos anciões, sem qualquer gesto de afeição pelos que estavam no inverno da matéria?

Eu não consigo! E você, consegue imaginar um absurdo desse?

Sem falar que o Mestre, na Última Ceia, dividiu o pão e o vinho com os Discípulos, ou seja, especifica-se que Ele também guardou para si uma porção dos alimentos e os ingeriu e não os distribuiu meramente.

E a passagem, grafada por Lucas (7: 34) que cita diretamente, onde Jesus comenta o tom pejorativo com que os fariseus se referiam a ele:

“Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores.”

Jesus participava ativamente da cultura do Povo de onde nascera. Nunca deixou de ser judeu, nem de vivenciar seus costumes. A Boa Nova era, e é, tão soberbamente bem fundamentada que abarcava, abarca e abarcará todas as culturas.

Jesus era, por exemplos e palavras, um moderado. O próprio Bom Senso. Era Ele sóbrio e seu Equilíbrio era a base de sua sustentação como Filho de Deus.

Texto publicado no Jornal Seara de Luz, edição de Março e 2013

Bispo Católico falando sobre mediunidade com Alamar Régis

 Vale a pena conferir

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=GxrnaQx_Tc4

Bispo Católico em entrevista com Alamar Régis

Muito interessante e reflexivo.

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eaTPSAx2BT4

O quintal



O quintal
 autor Thiago Dias Trindade


O quintal do vizinho sempre é mais verde. Também é no quintal do vizinho que os problemas sérios acontecem.

Costumamos acreditar que somente o nosso companheiro ao lado pode prosperar, sobretudo materialmente. Ocorre que as maiores provações, também denominadas erroneamente de “vergonhas”, sobretudo casos de drogas, agressões físicas, mentais ou até espirituais, são desdenhados por nós muitas vezes de forma cruel e deixamos nosso vizinho abandonado.

Acabamos por nos isolar hipocritamente, acreditando que as coisas só acontecem com os outros. Não percebemos que o nosso vizinho pensa o mesmo de nós: nosso quintal é o mais verde e é conosco que “as vergonhas” acontecem. É chegada a hora dessa visão deturpada modificar.

O Consolador, também chamada de Doutrina Espírita, nos mostra que antes de nos rendermos à inveja, cobiça e a hipocrisia, devemos nos voltar para dentro de nós mesmos e buscar a Humildade, que fundamentará nossos passos, amparados pela Fé e pela Resignação.

A Humildade nos fará perceber que nós fazemos parte de um Todo e quão pequenos somos.

A Fé nos dá a força necessária para superarmos as adversidades da vida, certos de um futuro melhor.

Já a Resignação, que nada tem a ver com o conformismo, nos leva ao raciocínio de que é necessário passarmos pela respectiva dificuldade para nosso aprendizado.

Humildade, Resignação e Fé são sinônimos de Amor.

Ao entendermos isso deixaremos de cobiçar ou desdenhar do quintal do vizinho e passaremos a contemplá-lo como contemplamos nosso próprio e formosíssimo quintal e, juntos, iremos florescer no Jardim da Vida.

(texto publicado no Jornal de Umbanda Sagrada, edição fevereiro de 2013)